O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recua 3,4% em fevereiro ante janeiro, passando de 85,9 para 83,0 pontos, informou nesta sexta-feira, 27, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice continua em patamar extremamente baixo em termos históricos.
A queda do ICI em fevereiro ante janeiro foi impulsionada pela piora das expectativas em relação aos próximos meses: o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,9%, ficando em 81,9 pontos, mesmo patamar de setembro passado, e o menor desde abril de 2009 (80,9). O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,1%, para 84,0 pontos, retornando ao patamar de dezembro.
A maior contribuição para a queda do IE veio do indicador de produção prevista, com queda de 8,4% sobre o mês anterior, para 109,1 pontos, o menor nível desde julho passado (106,8 pontos). A proporção de empresas que preveem aumentar a produção nos três meses seguintes diminuiu de 32,4% para 30,5% entre janeiro e fevereiro; já a parcela das que esperam reduzir a produção aumentou de 13,3% para 21,4%.
No ISA, a principal influência de alta foi do quesito que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios, que recuou 5,5% em fevereiro ante janeiro. A proporção de empresas avaliando a situação atual dos negócios como boa diminuiu de 12,6% para 8,2%, enquanto a parcela de empresas que a avaliam como fraca ficou relativamente estável, ao passar de 31,2% para 31,3%.
A FGV também informou que entre janeiro e fevereiro o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 0,4 ponto porcentual, passando de 82,0% para 81,6%.
Segundo a FGV, a combinação de ISA e Nuci mais fortes indica aceleração do ritmo de atividade nesta virada de ano, mas a piora das expectativas sugere que o setor continua pouco confiante na possibilidade de retomada consistente ao longo do primeiro semestre.