Confiança da Indústria avança 2,6 pontos em janeiro ante dezembro, aponta FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,6 pontos em janeiro ante dezembro, passando de 75,4 para 78,0 pontos, informou nesta sexta-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice alcança o maior nível desde março de 2015.

O ICI, no entanto, ainda está 9,4 pontos abaixo do registrado no mesmo mês de 2014. Entre dezembro e janeiro, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 1,1 ponto porcentual, para 73,9%, o menor nível da série histórica, com início em 2001.

A alta do ICI na margem se deve tanto à melhora das avaliações dos empresários sobre o atual momento quanto sobre o futuro. Dos 19 principais segmentos pesquisados, 12 registraram aumento da confiança no período. Na passagem de dezembro para janeiro, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,5 pontos, para 78,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,6 ponto, para 77,9 pontos.

A maior contribuição para a evolução do ISA veio do item que sinaliza o nível de estoques, que passou de 121,6 para 117,3, indicando que menos empresas avaliam ter estoques excessivos. Este é o menor nível deste componente desde abril de 2015 (116,4 pontos). De acordo com a FGV, houve diminuição da proporção de empresas com estoques excessivos e aumento da parcela de empresas com estoques insuficientes no mês.

No âmbito do IE, a principal influência de alta foi do quesito que mede as expectativas de produção para os próximos três meses. O indicador avançou 2,8 pontos em relação a dezembro, para 80,2 pontos.

Na avaliação do superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV, Aloisio Campelo Jr., a alta mais expressiva do ICI em janeiro é reflexo de avanços no processo de normalização de estoques do setor, às custas da manutenção de níveis muito baixos de utilização da capacidade produtiva.

“Associado à percepção de estabilização do nível de demanda, este ajuste de estoques tem colaborado para reduzir o pessimismo, sugerindo um cenário de atenuação das taxas de queda da produção industrial nos próximos meses”, analisou Campelo Jr.

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