O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 3,3 pontos em dezembro, para 92,3 pontos, informou nesta sexta-feira, 20, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a terceira alta consecutiva para o indicador, que atingiu o maior nível desde junho de 2014, quando o patamar registrado foi de 92,9 pontos.
Os dois componentes do ICST tiveram melhora no mês. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,3 pontos, para 82,6 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015 (85,3). Já o Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 5,2 pontos, para 102,2, maior patamar desde junho de 2013 (102,6). A alta foi puxada pela melhora do indicador de demanda prevista nos próximos três meses, que subiu 6,2 pontos, para 103,2.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor também mostrou alta, de 1,4 ponto porcentual, atingindo 71,9%. O patamar de variação foi igual tanto para o NUCI de Máquinas e Equipamentos, quanto para o de Mão de Obra.
“O indicador de Situação Atual ainda não recuperou o patamar do final de 2014, mas registrou uma melhora expressiva no segundo semestre, o que corrobora as projeções de que em 2019, o setor terá encerrado um ciclo de cinco anos de retração”, avalia, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Castelo.
Segundo a economista, a melhora nos dados do emprego da construção civil, que mostra saldo líquido de 57 mil empregos nos 12 meses até novembro, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), também mostra um movimento de recuperação para o setor. “A melhora ainda é tímida face a forte contração dos últimos cinco anos, mas há finalmente perspectiva de continuidade desse movimento ao longo de 2020”, avalia Ana Castelo.