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Confiança da construção sobe 1,5 ponto em outubro, revela FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,5 ponto porcentual em outubro na comparação com setembro, atingindo 81,8 pontos, após ter alcançado 80,3 pontos no nono mês do ano. Os dados foram informados na manhã desta sexta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, o distanciamento dos dias “conturbados” de maio -com a greve dos caminhoneiros – e a proximidade do fim do processo eleitoral parecem estar contribuindo para a recuperação da confiança do empresário da construção. Entre o fim de maio e o início de junho, a paralisação dos caminhoneiros afetou as atividades no País.

“Houve uma redução do pessimismo em grande parte dos segmentos setoriais, associada às expectativas de demanda para os próximos meses. A carteira de contratos das empresas cresceu, recuperando o nível de 2015, o que deve sustentar a melhora da atividade nos próximos meses”, observa.

O avanço do ICST foi afetado tanto pela melhora da situação atual quanto das expectativas para os próximos meses, conforme o Ibre/FGV. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) cresceu 0,6 ponto, atingindo 73 pontos, o maior nível desde junho de 2015 (74,2 pontos).

Conforme a instituição, a maior contribuição para o resultado favorável no mês veio da percepção de melhora dos empresários sobre a situação atual da carteira de contratos, cujo indicador aumentou 0,9 ponto, ao passar de 70,8 para 71,7 pontos, o maior nível desde junho de 2015 (73,9 pontos).

O movimento de melhora das expectativas foi sustentado tanto pela avaliação sobre a situação atual quanto pelas expectativas futuras, destaca o Ibre/FGV. Enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,7 ponto, aos 72,4 pontos (maior nível desde de junho de 2015), o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,0 ponto, para 70,8 pontos (maior nível desde julho de 2015).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) teve alta de 1,4 ponto porcentual, atingindo 66,4%, no maior patamar desde fevereiro de 2016 (67,0%). Ao mesmo tempo, o Nuci de mão-de-obra e o de máquinas e equipamentos tiveram expansão, com variações de 1,4 ponto e 1,2 ponto, respectivamente.

Conforme o Ibre/FGV, entre os fatores que estão limitando a melhora do ambiente de negócios, o critério “demanda insuficiente” é apontada por 51,5% das empresas do setor e listada como o principal problema desde agosto de 2014.

Neste quesito, são listadas dez opções de fatores limitativos. No entanto, é reservado um espaço de respostas livres para que os empresários descrevam “outros” problemas não listados anteriormente. Esse grupo foi assumindo maior relevância nos últimos anos, alcançando 24,4% das assinalações em outubro.

Assim, a partir das respostas livres, o Ibre/FGV agregou em grupos temáticos os fatores que os empresários mais apontam como sendo limitativos à melhora dos negócios.

O Cenário Econômico é apontado por 51,8% dos empresários, sendo seguido por Incerteza Política e Carência de Investimento, com 26,2% e 7,1%, respectivamente. “O baixo crescimento da economia é o aspecto que mais se sobressai e impede um ritmo de recuperação mais forte para os investimentos na construção”, comenta em nota Ana Maria Castelo.

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