O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,5 ponto em janeiro ante dezembro, alcançando 82,6 pontos. Esse é o maior nível desde janeiro de 2015 (85,4 pontos). A evolução do índice em janeiro deve-se exclusivamente à melhora das perspectivas de curto prazo dos empresários, segundo nota da FGV. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 3,3 pontos, para 95,9 pontos.

continua após a publicidade

Entre os dois quesitos que integram este subíndice, o destaque foi do indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que teve alta de 5,0 pontos na margem, para 98,2 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) interrompeu a sequência de sete meses de avanço ao cair 0,2 ponto, atingindo 69,9 pontos. A maior contribuição para queda, segundo a FGV, foi do indicador de percepção em relação à carteira de contratos, que caiu 0,5 ponto, para 66,8 pontos.

continua após a publicidade

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor da construção subiu 2,2 pontos porcentuais, atingindo 66,2%. O Nuci de Mão de Obra cresceu 2,2 ponto e o de Máquinas e Equipamentos teve elevação de 1,9 ponto.

continua após a publicidade

A FGV ainda ressalta que a recuperação da confiança deve começar a se refletir positivamente no emprego no setor. Em janeiro, a proporção de empresas relatando diminuição do quadro de pessoal nos meses seguintes passou de 26,2%, em dezembro, para 18,8%, em janeiro, enquanto a parcela das que reportaram projeção de aumento passou de 14,2% para 18,3%. Assim, o saldo chegou ao melhor patamar desde agosto de 2014 (2,8 pontos).

“Por ser um setor tão intensivo em mão de obra, este é um sinal inequívoco de melhora do ambiente de negócios das empresas” observou, Ana Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV.

Ana ainda avalia que o resultado da sondagem de janeiro é uma promissora indicação do desempenho da Construção nos próximos meses. “Por outro lado, para deixar claro que a retomada continua lenta, o indicador que capta a percepção em relação à carteira de contratos caiu na comparação com o mês anterior e está a poucos pontos de distância do patamar observado no ano passado”, ponderou.