O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,8 ponto em dezembro na comparação com novembro, atingindo 85,5 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014 (88,8). Em novembro, o índice foi de 84,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,7 ponto, chegando à quarta alta consecutiva. Os dados foram informados nesta quarta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.

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“A percepção empresarial dominante foi de melhora no ambiente de negócios da construção ao longo de 2018. No entanto, esse movimento não vai se traduzir em um resultado positivo para o PIB do setor. A esperada recuperação foi adiada mais um ano. No ano da ‘despiora’ da construção, o indicador de Confiança continua abaixo do patamar do final de 2014, o primeiro ano da crise. De todo modo, se não dá para falar de otimismo, é possível notar que as expectativas com a demanda alcançaram o melhor resultado dos últimos quatro anos”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.

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Em dezembro, a alta do índice foi influenciada pela melhora da situação atual e também das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,6 ponto para 74,7 pontos, o maior nível desde abril de 2015 (75,5 pontos). A maior contribuição para o resultado positivo partiu do indicador que mede a percepção sobre momento atual, que subiu 1,0 ponto, para 77,4 pontos.

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Já o Índice de Expectativas (IE) cresceu 0,8 ponto, atingindo 96,6 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2014 (97,7 pontos). Nesse caso, a principal influência partiu do indicador que mede a demanda prevista para próximos três meses, que avançou 2,4 pontos, para 97,5 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor avançou 1,9 ponto porcentual, para 66,6%. Os indicadores desagregados para mão de obra e máquinas e equipamentos também tiveram variações positivas: 2,0 e 1,2 pontos percentuais, respectivamente.

De acordo com a FGV, as expectativas de recuperação da demanda setorial estão se refletindo positivamente nas intenções de contratação. A proporção de empresas relatando redução no quadro de pessoal para os próximos meses caiu de 26,2%, em dezembro de 2017, para 20,5%, em dezembro de 2018. A parcela das que reportaram aumento subiu de 13,9% para 19,5%. Na série livre de influência sazonal, o indicador de Emprego Previsto chegou ao melhor patamar desde maio de 2014.

“O quadro ainda é de pessimismo moderado, mas depois de cinco anos de queda no número de empregos, as empresas da construção sinalizam para o próximo ano uma melhora importante no mercado de trabalho”, observou Ana Maria Castelo. A edição de dezembro de 2018 da Sondagem da Construção recebeu informações de 599 empresas, entre os dias 4 e 19 do mesmo mês.