O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 6,6% no trimestre encerrado em abril em relação ao mesmo período de 2012. No trimestre terminado em março, a queda foi de 7,9%, na mesma base de comparação. De acordo com a FGV, “o resultado sinaliza uma possível acomodação do nível de atividade econômica do setor após um longo período de desaceleração”.

continua após a publicidade

Os segmentos que mais contribuíram para a melhora relativa do índice em abril foram preparação de terreno, que passou de queda de 14,8% no trimestre encerrado em março ante mesmo período do ano anterior para -12,1% no trimestre encerrado em abril ante mesmo período anterior; além de construção de edifícios e obras de engenharia (de -7,7% em março para -5,7% na mesma base de comparação). Houve piora, por sua vez, nos segmentos de aluguel de equipamentos de construção e demolição (de -0,5% no trimestre encerrado em março ante -6,2% no trimestre encerrado em abril) e em obras de acabamento (de 7,3% para 10,8%).

A variação anual trimestral do Índice de Situação Atual (ISA-CST) passou de -9,9% em março para -9,1% em abril, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) passou de -6,3% para -4,5%.

Segundo divulgou a FGV nesta segunda-feira, 06, o quesito situação atual dos negócios foi o que mais influenciou positivamente o ISA-CST no trimestre findo em abril, com variação de -8,8% em abril ante -9,7% em março. Das 701 empresas consultadas, 25,1% avaliaram a situação atual como boa no trimestre encerrado em abril, contra 32,1% no mesmo período de 2012. Aquelas que consideraram a situação atual ruim representaram 14,2% em abril deste ano ante 9,7% no mesmo mês do ano passado.

continua após a publicidade

Já a maior influência na piora do IE-CST veio do quesito que avalia a demanda prevista para os próximos três meses. A variação interanual trimestral passou de -5,5% em março para -3,6% em abril. A proporção de empresas prevendo aumento na demanda no trimestre findo em abril foi de 34,1%, ante 38,1% há um ano, enquanto a parcela das que esperam redução foi de 5,6%, contra 4,7% em abril de 2012.