O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 8,7% no trimestre terminado em maio ante igual período do ano passado, divulgou a instituição nesta terça-feira, 27. O resultado é a maior queda desde agosto de 2012 (-9,8%) e mostra uma piora em relação a meses anteriores. Na mesma base de comparação trimestral, a variação havia sido de -5,9% em abril e de -3,3% em março.

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De acordo com a FGV, na análise trimestral, a evolução desfavorável do ICST se deve principalmente à deterioração da percepção no setor sobre os meses seguintes, pois o Índice de Expectativas (IE) passou de -7,7% no trimestre encerrado em abril para -11,4%, em maio. A queda é a maior registrada na série histórica nesta base comparativa. O Índice da Situação Atual (ISA) também recuou, ao passar de -3,7% em abril para -5,3% em maio, o que representa a maior baixa desde dezembro do ano passado.

Na comparação interanual mensal, o IE também registrou piora, mas o ISA melhorou: a variação do primeiro foi de -12,2% em abril para -13,4% em maio e a do segundo foi de -8,9% para -5,2% no mesmo período. Dos 11 segmentos pesquisados, oito registraram evolução desfavorável da confiança, considerando as leituras interanuais trimestrais entre abril e maio. Os destaques negativos foram os segmentos de Preparação do Terreno (de 2,7% para -5,2%), Obras de Arte Especiais e Outras Obras do tipo (de -5,8% para -10,4%) e Instalações de Sistema de Ar Condicionado (de -3,8% para -7,6%).

A FGV também explicou que o resultado geral da pesquisa sugere que o nível de atividade do setor vem desacelerando ao longo do segundo trimestre de 2014 e que as perspectivas do setor são pouco favoráveis para o restante do ano. O quesito que mede evolução recente da atividade exerceu influência negativa sobre o índice de Situação Atual, ao passar de -4,0% em abril para -5,8% em maio, em bases interanuais trimestrais. A FGV destaca que das 689 empresas consultadas, 17,6% avaliaram que o nível de atividade aumentou no trimestre findo em maio de 2014, contra 21,9% no mesmo período do ano anterior; já 20,9% das empresas reportaram piora da situação (contra 19,3%, em maio de 2013).

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Em relação ao Índice de Expectativas, a maior influência de baixa veio do quesito que mede a percepção das empresas quanto à situação dos negócios para os próximos seis meses. A variação interanual trimestral deste quesito passou de -7,5%, em abril, para -11,7%, em maio. A proporção de empresas prevendo aumento no trimestre findo em maio de 2014 é de 31,4%, contra 43,0% há um ano, enquanto a parcela das que estão prevendo piora foi de 8,4%, contra 3,7%, em maio de 2013.