Confiança da construção cai 7,9%, apura FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 7,9% no trimestre encerrado em março deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. No trimestre terminado em fevereiro, a queda foi de 6,9%, na mesma base de comparação. De acordo com a FGV, “o resultado mostra que a desaceleração do nível de atividade econômica do setor percebida desde o fim de 2012 vem se mantendo neste início de ano”.

Na comparação entre iguais trimestres, praticamente todos os segmentos desaceleraram, na passagem de 2012 para 2013, de acordo com a instituição. A retração mais forte foi apresentada pelo segmento de obras de acabamento, que teve queda de 7,3% no trimestre encerrado em março ante mesmo período do ano anterior. No trimestre findo em fevereiro, a queda na comparação com o mesmo período de 2012 havia sido de 1,5%.

Outros que mostraram forte retração, ainda em base interanual trimestral, foram aluguel de equipamentos de construção e demolição, (de 5,1% em fevereiro para -0,5% em março) e preparação do terreno, (de -12,7% para -14,8%). No movimento positivo, aparece o segmento de obras de infraestrutura para engenharia elétrica e de telecomunicações (de -6,0% para +5,3%).

Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) teve variação anual trimestral negativa de 9,9% em março. No trimestre encerrado em fevereiro, a queda havia sido de 7,9%. O Índice de Expectativas (IE-CST) passou de -6,0% para -6,3%, na mesma base de comparação. Segundo divulgou a FGV nesta manhã, o quesito situação atual dos negócios foi o que mais pressionou negativamente o ISA-CST, com variação interanual do indicador trimestral de -10,1% em março ante -9,1% em fevereiro.

Das 687 empresas consultadas, 25% avaliaram a situação atual como boa no trimestre findo em março, contra 33,8% no mesmo período de 2012. Já as que consideram a situação ruim chegaram a 13,6% ante 9,9% no ano passado. Já a maior influência na piora do IE-CST veio do quesito que mede o otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes.

A variação interanual trimestral foi de -7,0% em fevereiro contra -5,3% em fevereiro. Do total de empresas, as que projetam aumento na demanda respondem por 41,8%, ante 51,7% em março de 2012. A parcela das que esperam diminuição passou de 2,5% para 3,0%, na mesma base de comparação.

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