O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 4% no trimestre encerrado em julho em relação ao mesmo período do ano passado. No trimestre terminado em junho, a queda havia sido de 3,6%, também na comparação com o mesmo período do ano passado.

continua após a publicidade

O índice médio do trimestre ficou em 118,8 pontos, o menor da série histórica iniciada em setembro de 2010. Para a FGV, o indicador “sinaliza continuidade na tendência de arrefecimento do ritmo de atividade econômica do setor no início do terceiro trimestre de 2013”.

“O ICST pontual de julho (116,7 pontos) é também o menor da série histórica. Mas a distância em relação ao índice do mesmo mês do ano anterior, no entanto, ficou menor em julho: a variação interanual mensal foi de -3,9% neste mês, contra -4,8%, em junho”, informou a instituição.

A variação interanual trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -7,2% em junho para -7,8% em julho. Na mesma base de comparação, o Índice de Expectativas (IE-CST) passou de -0,6% para -0,8%, respectivamente. “Na métrica interanual mensal, observou-se melhora acentuada da situação atual (de -9,5% em junho para -7,3% em julho) e estabilidade nas perspectivas futuras (-0,9% em junho e julho)”, segundo a FGV.

continua após a publicidade

Dos 11 segmentos pesquisados, sete apresentaram piora, com destaques para Obras de Infraestrutura para Engenharia Elétrica e Telecomunicação, cuja variação interanual do índice de confiança trimestral passou de -12,7% em junho para -14,2% em julho; Obras de Montagem, ao passar de -16,2% para -18,2%, nos mesmos períodos; e Obras de Arte Especiais e Obras de Outros Tipos, de -2,7% para -4,1%. A queda do ISA-CST em julho, de acordo com a FGV, foi influenciada pelo quesito situação atual dos negócios.

O indicador trimestral interanual do item passou de -8,7% em junho para -10,3% em julho. Das 701 empresas consultadas, 24,5% avaliaram a situação atual como boa no trimestre findo em julho, contra 32,1% no mesmo período do ano anterior, e 15,5% a consideraram ruim ante 10,7% em julho de 2012.

continua após a publicidade

O quesito que mede o grau otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes foi o que exerceu maior influência negativa no IE-CST. A variação interanual trimestral deste quesito passou de -1,8% em junho para -2,4% em julho. A proporção de empresas prevendo melhora da situação dos negócios no trimestre findo em julho foi de 39,4%, contra 42% no mesmo período em 2012, enquanto a parcela das que esperam piora foi de 4,7% ante 4,0% em julho de 2012.