O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,4 ponto em fevereiro, para 85,0 pontos, informou nesta segunda-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Já na média móvel trimestral, o indicador apresentou alta pelo sexto mês consecutivo.

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A coordenadora de Projetos da Construção do Ibre, Ana Maria Castelo, avalia que o movimento de queda não pode ser encarado como reversão do processo de recuperação, apesar de ter interrompido oito meses seguidos em alta. “Outros indicadores como o de evolução da atividade corrente e o de emprego previsto tiveram crescimento em fevereiro. Mas a queda na confiança indica que o ritmo de recuperação da atividade da construção deve continuar a passos muito lentos” observou.

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O índice que mede a situação atual (ISA) foi o principal fator a pesar sobre o desempenho do indicador cheio, com queda de 0,7 ponto, aos 74,4 pontos. Neste caso, refletiu principalmente a piora de 1,3 ponto, para 75,7 pontos, do indicador que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios. Este é o menor nível desde outubro de 2018, quando atingiu 74,7 pontos.

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O Índice de Expectativas (IE-CST) teve leve alta de 0,1 ponto, marcando 96 pontos, sustentado pelo indicador de otimismo com a demanda prevista para os próximos três meses, que teve alta de 1,9 ponto, aos 95,3 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor avançou 0,3 ponto porcentual, para 67,0%. O NUCI para Máquinas e Equipamentos permaneceu estável, enquanto o NUCI para Mão de Obra se expandiu em 0,3 ponto porcentual.

De acordo com pesquisadores do Ibre/FGV, a demanda insuficiente foi um dos principais fatores a limitar a melhora da confiança dos empresários da Construção Civil.

“Os quesitos assinalados pelos empresários refletem muito do cenário atual observado no setor. A mão de obra deixou de ser um problema para as empresas, que sofrem com a falta de demanda. Houve melhora ao longo de 2018, mas na comparação anual, o ISA-CST cresceu apenas quatro pontos e se mantém muito abaixo do nível de neutralidade. A demanda se mantém muito fraca e distante do patamar alcançado entre 2010 e 2013”, comentou Ana Maria Castelo.