As experiências de empresas lucrativas, de todo o Brasil, com a responsabilidade social e a contribuição para o desenvolvimento da região onde estão inseridas são os temas da 3.ª Conferência Internacional BAWB (Business as Agente of World Benefit) Brasil, no Centro de Eventos do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que acontece até hoje, em Curitiba.

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O evento está apresentando 50 cases de empresas que interagem com esta área, sendo bem-sucedidas nos negócios e no trabalho social. A intenção é estimular a adesão de empresas neste movimento ao mostrar que é possível aliar lucros e desenvolvimento sustentável. ?Há novas formas de gestão e organização que favorecem a lucratividade, mas que aliam a harmonia com o contexto social e ecológico?, afirma Rodrigo Costa da Rocha Loures, presidente da Fiep.

As vantagens de investir na responsabilidade social são percebidas pelos consumidores e clientes, que buscam empresas atentas a essa tendência. ?As empresas com valores alinhados aos da sociedade são beneficiadas. A vontade de fazer negócios de uma forma saudável é um desejo universal de todo verdadeiro líder, que demonstra preocupação com o conjunto?, avalia Loures. De acordo com ele, 200 empresas no Paraná se preocupam com o desenvolvimento sustentável. ?O Brasil está se destacando neste novo tipo de gestão?, opina.

O case da empresa Embafort, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, será apresentada hoje durante a conferência. Especializada na fabricação de embalagens industriais de madeira, a empresa utiliza lixo como matéria-prima. Os resíduos resultantes do processo são reaproveitados por 70 artesãos mantidos pela empresa dentro do projeto Andorinhas, criado em 2004. ?Damos a matéria-prima, os equipamentos e treinamento para eles, que passam a ter uma renda com o artesanato?, explica Humberto de Ramos Cabral, fundador da Embafort. Além deste projeto, há investimentos na educação dos colaboradores e seus familiares, com aulas de 1.º e 2.º graus, inglês e capacitação profissional. ?São 32 projetos sociais e ambientais, dentro e fora da empresa. Cerca de 5% do faturamento bruto é investido nisso?, complementa Cabral. ?Muitos clientes nos procuram justamente por isso?, aponta.

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O Movimento BAWB surgiu nos Estados Unidos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, com o objetivo de repensar o papel das empresas no cenário de mudanças e desenvolvimento social global. Mais informações no site www.bawb.org.br.