A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) disse hoje que as condições do mercado global de petróleo estão apertadas. De acordo com a IEA, os estoques das nações ricas consumidoras de petróleo recuaram para os menores níveis médios em cinco anos. Além disso, o consumo em regiões como a Ásia e o Oriente Médio deve crescer rapidamente.
A agência não estima preços de petróleo, mas suas previsões gerais podem dar sustentação à commodity em um momento em que economistas temem que os altos custos de energia e problemas financeiros joguem os EUA em recessão.
A grande questão é saber se o consumo de petróleo em nações em desenvolvimento como a Ásia e o Oriente Médio – que respondem por boa parte do crescimento de demanda por petróleo atualmente – continuará saudável diante do enfraquecimento econômico norte-americano.
A IEA manteve a perspectiva de demanda global em 2008 em 87,8 milhões de barris diários, o que representa um crescimento de 2 3% ante 2007. Contudo, a agência alertou que a estimativa pode ser "recalibrada" se as condições econômicas dos EUA piorarem. "A previsão de demanda em 2008 pode ser novamente revisada se avaliações do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicarem expectativa pior que a esperada para a economia dos EUA, o que pode ser parcialmente compensado por crescimento forte na China e no Oriente Médio", diz a IEA em seu relatório de janeiro sobre petróleo.
No mercado de petróleo, as apostas são de que a piora da economia nos EUA atingirá a demanda global e, por essa razão, os preços da commodity têm caído nos últimos dias. Às 9h43 (de Brasília), o barril de petróleo WTI para fevereiro recuava 1,34% para US$ 90,67 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). O petróleo tem queda de quase 9% ante o recorde de US$ 100,09 por barril atingido em 3 de janeiro, na Nymex.