As condições são favoráveis para que a China acelere a abertura de sua conta de capital, permitindo que os fluxos internacionais fiquem mais livres para fazer investimentos, afirmou Sheng Songcheng , chefe do departamento central de estatísticas do Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país).
A volatilidade do mercado financeiro diminuiu e o yuan tem operado próximo da estabilidade, proporcionando uma boa oportunidade para a China abrir sua conta de capital, explicou Sheng. As declarações foram publicadas por meio de um ensaio publicado pelo Financial News.
O funcionário do PBoC afirmou que os planos de redução do programa de estímulos à economia dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) podem provocar oscilações frescas em fluxos de capital globais. O governo chinês, porém, não permitirá que o movimento do Fed afete os planos chineses, explicou. A China mantém rígidos controles sobre os fluxos de capital.
Segundo relatos da mídia local, o banco central chinês pretende realizar uma abertura “gradativa” de conta de capital até 2015 e atingirá a plena liberalização em 2020.
Para Sheng, a redução de estímulos nos Estados Unidos não afetará a China, porque o país adotou um “processo de abertura estratégica”. Ele disse que a liberalização da conta de capital pode resultar em saídas de um máximo de 2% do produto interno bruto (PIB) de capitais.
O chefe do departamento central de estatísticas do PBoC também respondeu aos críticos que disseram que a crise financeira na Ásia em 1997 foi agravada pela liberalização da conta de capitais em vários países do Sudeste Asiático. “A causa principal foi o desequilíbrio econômico graves dos países”, explicou.
Segundo Sheng, uma abertura de conta de capital da China vai impulsionar o crescimento econômico dom país e seria um requisito para a China integrar plenamente a economia global. Fonte: Dow Jones Newswires.