Os juros cobrados do consumidor final atingiram no mês passado o menor patamar desde março de 2001, segundo levantamento divulgado ontem pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças). Para a pessoa física, a taxa média de juro caiu de 7,79% em fevereiro para 7,55% ao mês em março, uma redução de 3,08%.

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Segundo a Anefac, essa queda pode ser atribuída à maior concorrência entre os bancos, que acaba puxando para baixo o juro médio, e à ampliação da oferta do crédito consignado (com desconto em folha), que cobra juros menores que outras modalidades de crédito.

Além disso, a Anefac lembra que as instituições financeiros elevaram em fevereiro suas taxas médias de juros num percentual maior que o aumento da Selic. E com a expectativa de término do ritmo de elevação da Selic, os bancos ajustaram para baixo suas taxas em março, derrubando o juro médio.

A maior queda foi constatada no juro do empréstimo pessoal concedido pelos bancos, que passou de 6,28% em fevereiro para 5,66% ao mês em março. Ou seja, uma queda de 9,87%. Trata-se da menor taxa já verificada desde dezembro de 2002. Em março, a taxa do cartão de crédito ficou inalterada em 10,13% ao mês.

Protesto

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Cerca de 20 mil metalúrgicos da Força Sindical cruzaram os braços, ontem, durante uma hora. O protesto foi contra os juros altos, já que hoje começa a reunião do Comitê de Política Econômica que irá definir a taxa Selic.