Conab espera 2ª maior safra da história

Foto: Agência Brasil

Jacinto Ferreira: queda se deve à redução da produtividade da soja no Mato Grosso e Paraná.

O Brasil deve produzir 121,1 milhões de toneladas de grãos na safra 2005/2006. Se confirmado este valor, esta será a segunda maior safra da história ficando atrás apenas da safra 2002/2003, que foi de 123,2 milhões de toneladas. Em relação à safra anterior (2004/2005), o levantamento mostra um acréscimo de 6,3%, ou 7,2 milhões de toneladas a mais, em relação aos 113,9 milhões de toneladas da última safra. Os números constam do 6.º levantamento da safra divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Na comparação com o último levantamento, realizado em abril, houve uma redução de 0,3% na estimativa. O presidente da Conab, Jacinto Ferreira, explicou que essa variação ocorreu pela correção, para baixo, da produtividade da soja, principalmente nos estados do Mato Grosso e Paraná e correção, para cima, do feijão, da mamona e do milho.

De acordo com Ferreira, os próximos levantamentos não devem trazer maiores alterações. ?Já está praticamente consolidado (o número final em relação à safra). O que deve ocorrer é que o clima agora favorece as culturas de verão e as de segunda safra. Então, isso deve normalizar e até ocorrer um pequeno aumento, não muito significativo também?, disse.

Este ano, segundo a Conab, a produtividade vem sendo recuperada, depois de ter sido prejudicada pela seca no sul do País. ?Tivemos uma área plantada mais ou menos igual ao do ano passado e uma recuperação de 6% no total de toneladas que vão ser colhidas este ano. Então, houve um acréscimo de produtividade em relação ao ano passado?, afirmou Ferreira.

O presidente da Conab afirmou ainda que, a partir deste mês, com o início da liberação do orçamento, o Ministério da Agricultura e a Conab darão início ao programa de aquisição de produtos, com o objetivo de melhorar os preços agrícolas. O milho, devido à diminuição do consumo interno agravado pela queda no consumo de frango, e o arroz, terão atenção especial do governo, antecipou.

?O governo tem hoje R$ 1,4 bilhão para mecanismos de intervenção em relação à movimentação e preço e tem R$ 600 milhões para aquisições de produtos?, informou Ferreira. ?Vamos primeiro gastar esse recurso, para ver se há necessidade de mais dinheiro para elevar o preço desses produtos no mercado interno?, finalizou.

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