Os leilões da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizados ontem comercializaram aproximadamente 1,03 milhão de toneladas de soja, o que representa 51% do ofertado. Do total, 734 mil t foram leiloadas pela modalidade Prêmio Equalizador ao Produtor (Pepro) e 300 mil t arrematadas por meio do Prêmio de Risco de Opção de Venda Privada (Prop). Com isso, a companhia encerra a rodada de pregões iniciada em novembro do ano passado com um total de R$ 408 milhões em subvenção para 5,5 milhões t da safra 2006/2007.

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No período, as operações de Pepro foram responsáveis pela comercialização de 3,9 milhões t. O valor corresponde a 37% da oferta total, que foi de 10,5 milhões t. Para estas operações, está prevista a liberação de R$ 279 milhões em subvenções.

Já pela modalidade Prop, foram negociados 59.255 contratos, o que representa 1,6 milhões t de soja. O montante é equivalente a 18,82% da oferta total de aproximadamente 8,5 milhões t. Com as operações, o gasto previsto é de R$ 129,8 milhões.

A estatal não dará prosseguimento aos leilões devido à recuperação do preço da oleaginosa nas últimas semanas. De acordo com o técnico João Paulo de Moraes Filho, na época em que os leilões começaram os preços ainda estavam baixos. ?As operações foram importantes para sinalizar um preço futuro ao sojicultor e garantir a ele um mínimo de rentabilidade baseada no custo variável de produção?, explica. No entanto, o mercado internacional passou por um aquecimento recentemente, devido ao aumento de demanda da soja e à reação das commodities em geral. O incremento também foi causado por novas regiões consumidoras e o aumento do preço do milho, relacionado à questão do biocombustível, nos Estados Unidos.

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Os leilões começaram no ano passado, quando o governo federal anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para o apoio à comercialização da safra atual. O montante seria suficiente para conceder subvenção a aproximadamente 20 milhões t.