São Paulo – O computador deve desbancar o telefone celular como o produto com maior crescimento de vendas neste Natal. As taxas de acréscimo nas encomendas beiram 400% no caso dos notebooks, um item que faz parte do sonho de consumo neste fim de ano, ao lado das máquinas fotográficas digitais. Com a isenção de impostos, como o PIS e Cofins, sobre os computadores de mesa que custam R$ 1,4 mil e de notebooks com preço inferior a R$ 3 mil, a queda do dólar em relação ao real e a maior concorrência entre os fabricantes provocada pela diminuição da informalidade, os preços do equipamento no varejo diminuíram em até 15% em 12 meses. Esse foi um belo empurrão para o setor.
A rede Extra de supermercados, um dos maiores revendedores de artigos de informática, por exemplo, se preparou para ampliar em 70% as vendas de itens de informática, puxadas especialmente pelos notebooks, com acréscimo previsto de 400%. No caso das câmeras digitais, a expectativa é de um acréscimo de 80% nas vendas.
As taxas de crescimento dos itens de informática impressionam nas redes do Sul. Nas Lojas Berlanda, de Santa Catarina, os volumes encomendados de computadores de mesa cresceram 200%. A mesma taxa foi registrada para as máquinas fotográficas. ?Nosso foco é o computador de primeiro preço, que custa R$ 1.185, parcelado em 15 prestações de R$ 79?, diz Nilso Berlanda, diretor, reforçando o foco da companhia, que é o consumidor de menor poder aquisitivo.
A Dell espera um crescimento considerável nas vendas de computadores de mesa e notebooks neste fim de ano. Sem revelar as projeções, o gerente de Marketing e de Produtos da companhia, Sidnei Shibata, diz que a aceleração das vendas por causa do Natal deverá ocorrer no fim deste mês. Segundo ele, o crescimento nas vendas se deve a uma conjugação favorável de fatores. Entre eles estão a isenção de impostos, a valorização do real em relação ao dólar que aumenta a competitividade na importação de componentes e a ação do governo para reduzir a informalidade.