O Conselho Mundial do Ouro (WGC, na sigla em inglês) informou hoje que as compras de ouro pelos bancos centrais mais do que dobraram no terceiro trimestre na comparação com o segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o volume de compras foi sete vezes maior.

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Os bancos centrais compraram 148,4 toneladas de ouro no terceiro trimestre, o maior volume trimestral desde que o setor se tornou um comprador líquido do metal, no segundo trimestre de 2009. No segundo trimestre deste ano as compras de ouro por bancos centrais e outras instituições oficiais haviam totalizado 66,5 toneladas, e no terceiro trimestre de 2010 as compras somaram apenas 22,6 toneladas.

“As compras de bancos centrais foram o destaque do trimestre. As estatísticas este ano têm sido notáveis”, comentou Marcus Grubb, diretor-gerente de investimento do WGC. O dado surpreendeu operadores do mercado e analistas, já que inclui um número significativo de compras que ainda não haviam sido divulgadas publicamente e cujos compradores não foram identificados.

O WGC – uma associação industrial que representa 22 mineradoras de ouro, incluindo Barrick Gold, Newmont Mining e AngloGold Ashanti – atribui a aceleração na demanda dos bancos centrais aos receios com a credibilidade de alguns governos ocidentais.

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“Embora alguns países possam responder por parte das compras – como Tailândia, Bolívia, Rússia e etc – existe uma porção dessas aquisições que não está contabilizada. Uma pista provavelmente vem do fato de que muitas compras vêm de bancos centrais superavitários, em regiões como a Ásia, Ásia Central e América Latina”, comenta Grubb.

O banco central da Rússia comprou 15 toneladas de ouro durante o terceiro trimestre, elevando suas reservas para cerca de 852 toneladas. Já a Bolívia comprou 14 toneladas, enquanto a Tailândia adquiriu 25 toneladas. O WGC acredita que o crescimento nas aquisições de ouro por bancos centrais deve continuar em 2012. As informações são da Dow Jones.

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