economia

Compra de aço da rede de distribuição fica quase estável em setembro, diz Inda

As compras da rede de distribuição de aço ficaram praticamente estáveis em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, para 263,3 mil toneladas, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 24, pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Em relação a agosto, houve queda de 4,8%. O levantamento inclui chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletro-galvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume.

Já as vendas realizadas pelos distribuidores avançaram 5,6% em setembro na relação anual, para 265,4 mil toneladas. Na comparação com o mês imediatamente anterior, no entanto, o volume representou queda de 12%.

Com esse desempenho os estoques da rede somaram 895,4 mil toneladas no mês passado, queda de 0,2% ante agosto. O giro de estoques ficou em 3,4 meses.

As importações encerraram setembro com crescimento de 116,9% na relação anual, para 136,4 mil toneladas. Na comparação com agosto, a alta foi de 17,2%.

Para outubro, a estimativa do Inda é de que tanto as compras quanto as vendas da rede de distribuição subam 5% em relação a setembro.

Projeções

A queda das vendas de aço pela rede de distribuição neste ano deverá ficar entre 1,5% e 2% em relação ao ano passado, segundo divulgou o Inda. A projeção anterior apontava para uma retração de 5% no mercado.

Segundo o presidente da entidade, Carlos Loureiro, o mês de setembro mostra recuperação, puxada especialmente pelo setor automotivo e de máquinas agrícolas. A média diária de venda no mês passado foi de 13,3 mil toneladas, o melhor índice mensal deste ano. A marca também é o melhor se for considerados os meses de setembro de 2015 (11,8 mil toneladas) e de 2016 (12 mil toneladas).

China

O preço do aço plano na China parece estar próximo do pico, com um valor de cerca de US$ 555 por tonelada, disse Loureiro. Segundo ele, o spread do aço, que é a diferença da venda do produto para o valor das matérias-primas, na China está hoje no maior nível desde 2010, o que demonstra que os preços não devem subir mais.

O preço do minério de ferro, hoje por volta de US$ 60 a tonelada na China, poderá cair um pouco neste ano, conforme projeções de mercado, o que dificulta justificar o spread no nível atual.

Com esse cenário de preço no mercado interno, a CSN que anunciou aumento de preços para o início deste mês, conseguiu implementar, mas o movimento acabou não sendo seguido pelas demais usinas. “Por conta do risco de importações, as usinas estão analisando muito bem a possibilidade de qualquer aumento neste ano”, disse.

O prêmio do aço, que é o diferencial de preço do produto importado em relação ao nacional, está hoje entre 10% e 15%, considerando o atual patamar de taxa de câmbio. Em setembro, as importações de aço pela rede subiram 116,9% na relação anual, para 136,4 mil toneladas. No entanto, o executivo comenta que a projeção é de que as importações sejam menores em outubro.

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