São Paulo (AE) – A receita cambial do complexo soja projetada para 2004 foi ajustada em 3,5% pelo Departamento de Estatísticas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). O complexo deverá arrecadar no ano US$ 10,105 bilhões. Em setembro, a entidade previa receita de US$ 9,766 bilhões. O valor estimado agora em outubro é o mais alto desde maio (US$ 10,484 bilhões), quando os números começaram a ser revistos para menos por causa da crise de demanda da China e da queda dos preços internacionais.
A projeção mais baixa foi feita em julho, com receita então estimada em US$ 9,70 bilhões. Em março, a Abiove calculava a receita em US$ 11,25 bilhões. O ajuste de outubro decorreu da melhor expectativa de preço médio de exportação para o grão e o farelo. A Abiove apurou que o preço médio de exportação do grão deverá ser de US$ 275 por tonelada em 2004. Em setembro, o preço médio estimado para o grão era de US$ 265 a tonelada. O ajuste foi de 3,7%.
Preço médio
O preço médio do farelo foi calculado em outubro em US$ 230, contra US$ 220 por tonelada em setembro (alta de 4,5%). O preço médio previsto para o óleo foi mantido em US$ 550. Com os ajustes, a receita cambial do grão deverá somar US$ 5,4 bilhões este ano. O farelo deverá render US$ 3,3 bilhões e o óleo, US$ 1,2 bilhão.
A Abiove manteve a expectativa de receita cambial para 2005 em US$ 9,34 bilhões. O Brasil pode aumentar o volume exportado no ano que vem, mas os preços médios devem cair. A entidade estima o preço médio do grão para 2005 em US$ 220 a tonelada, o do farelo em US$ 180 e o do óleo em US$ 500.
A queda nos preços médios em relação a 2004 é de cerca de 20% para o grão e o farelo e de 10% para o óleo. O maior volume a ser embarcado em 2005 limitará a perda de receita, com relação a 2004, a 7,5%. O Brasil deverá embarcar, em 2005, cerca de 15% mais que neste ano.
