Brasília – As companhias de habitação estaduais vão voltar a construir moradias populares para reduzir o deficit habitacional de 6 milhões de moradias. O Ministério das Cidades vai coordenar o trabalho, que envolve a Caixa Econômica Federal, gestora do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a Associação Brasileira de Cohabs e Órgãos Assemelhados (ABC). Convênio nesse sentido foi assinado hoje pelo ministro das Cidades, Olívio Dutra, o presidente da CEF, Jorge Eduardo Mattoso, e o presidente da ABC, Carlos Eduardo Marum.
As companhias estaduais de habitação vão receber orientação para colocar em prática medidas de reestruturação administrativa, econômico-financeira e operacional, com contratos de gestão de forma a afastar distorções que aconteceram no passado. O convênio asssinado hoje é resultado do trabalho de grupo formado em junho último pelo Ministério das Cidades, com o objetivo de reestruturar o sistema de construção de moradias populares.
As Cohabs e órgãos afins vão ter que assumir compromisso de desempenho, obedecendo a parâmetros e metas que assegurem tornar exequíveis, no curto, médio e longo prazos, medidas de reestruturação para evitar distorções que aconteceram no passado.
O ministro Olívio Dutra lembrou que 94% do deficit habitacional no país se refere às populações que ganham de 0 a 5 salários mínimos e afirmou que o trabalho que se inicia deverá durar 20 anos para que se chegue a um deficit habitacional mínimo. Dutra destacou que a promoção de moradias não é apenas um fator a mais para reduzir as desigualdades sociais, mas tem também capaz de reduzir a própria violência urbana.