No primeiro ano em que operou sem a sua divisão de tubos e conexões, vendida em 2008, a Companhia Providência Indústria e Comércio, sediada em São José dos Pinhais, encerrou o ano passado com aumento de 12,7% no caixa e de 26,6% no lucro líquido.
De acordo com o balanço anual da empresa, divulgado ontem à noite, junto com as informações sobre o quarto trimestre de 2009, a companhia fechou o ano com R$ 265,2 milhões em caixa e aplicações financeiras. Já o lucro líquido foi de R$ 51 milhões, superior aos R$ 40,3 milhões do ano anterior.
Ainda de acordo com o balanço, o Ebitda da empresa (que são os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 116,5 milhões e a receita líquida ficou em R$ 412,8 milhões.
Em 2008, o Ebitda da companhia tinha fechado em R$ 116,9 milhões, e a receita líquida em R$ 500,4 milhões. No último trimestre de 2009, a Providência teve crescimento de 22,2% no Ebitda ajustado, em comparação ao terceiro trimestre, ficando em R$ 31,8 milhões.
Para o diretor financeiro da empresa, Eduardo Feldmann, o ano passado foi “muito importante” para a empresa, já que foi o primeiro em que todos os números referem-se exclusivamente ao negócio de não-tecidos, produto ao qual a Providência passou a se dedicar exclusivamente no segundo semestre de 2008. Além dos tubos e conexões, a companhia também já se dedicou aos segmentos de transportes e embalagens.
“O resultado premia o planejamento estratégico feito pela empresa há alguns anos”, afirma Feldmann. Segundo ele, em 2010 a companhia irá focar seus trabalhos principalmente na administração dos ativos atuais.
A expectativa, revela, é que a empresa opere, durante o ano, em plena capacidade de operação. “Deve ser um ano de vendas bastante fortes”, diz. Outro foco da Providência para o ano deverá ser no primeiro ativo da empresa fora do País, que é uma unidade que está sendo construída no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
A decisão, aprovada pelo Conselho de Administração da companhia em novembro do ano passado, deve inclusive, para Feldmann, desafogar a produção na fábrica brasileira, liberando a planta para atender o mercado nacional.
Dívida
Ainda de acordo com o balanço divulgado ontem, a dívida líquida da Providência teve redução de R$ 8 milhões, caindo 5% em relação ao terceiro trimestre de 2009. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a redução é de 40,5% ou R$ 104,5 milhões.
“Além disso, o rating da Companhia e de suas debêntures, emitido pela Standard & Poor’s, passou por revisão anual em 2009, mantendo-se estável. Isto reflete a eficiência operacional e alta qualidade dos produtos desenvolvidos, mantendo posição de liderança no mercado de não-tecidos”, informou a companhia, em comunicado.