A Companhia Paranaense de Gás (Compagas), empresa responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, definirá na próxima semana se precisará repassar aos seus clientes parte do reajuste no preço do gás natural que receberá da Petrobras. A estatal, que distribui e vende no Brasil o gás natural importado da Bolívia, anunciou nesta semana que subirá o preço final para as distribuidoras em cerca de 6%. O percentual correto deve ser divulgado neste final de semana e é este número que a equipe financeira da Compagas aguarda para definir como ficarão os preços no Estado.
?Precisamos do percentual correto de reajuste para fecharmos os números da Compagas e avaliar o impacto financeiro que isso trará?, explica o diretor-presidente da empresa, Luiz Carlos Meinert. O reajuste anunciado pela Petrobras está previsto no contrato de compra e venda de gás natural da Bolívia e é repassado às distribuidoras brasileiras a cada três meses. O último reajuste, de 5,8%, começou a vigorar em 1.º de maio e a distribuidora paranaense conseguiu absorver os valores.
Em 2005, o aumento recebido pela Compagas no preço do gás natural chegou a 24,7%. Naquele ano, o repasse para os clientes foi de 7,7%. ?Procuramos absorver a maior parte desses aumentos porque o nosso objetivo é garantir a viabilidade do uso do gás natural pelas indústrias, empresas, veículos e residências do nosso Estado?, afirma Meinert. Até semana que vem a distribuidora anuncia sua posição em relação a esse novo reajuste que será aplicado pela Petrobras.
O gás natural está disponível hoje em sete municípios do Paraná (Curitiba, São José dos Pinhais, Campo Largo, Balsa Nova, Araucária, Palmeira e Ponta Grossa). São cerca de 1500 consumidores dos mercados comercial, industrial, veicular, residencial e de cogeração, responsáveis por um consumo médio de 900 mil m³/dia do combustível, com picos de 975 mil m3/dia.