A crise na Ucrânia é um alerta para os países europeus repensarem as políticas energéticas e trocarem o gás fornecido pela Rússia para fontes de energias limpas e renováveis, afirmou Connie Hedegaard, comissária da União Europeia para ações climáticas.

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Na quinta-feira, líderes da União Europeia devem discutir em Bruxelas novas sanções contra Moscou em resposta à anexação da região ucraniana da Crimeia e a dependência do gás russo também deve entrar em pauta.

Os líderes também farão uma avaliação inicial sobre as propostas para reduzir as emissões de dióxido de carbono em 40% até 2030. Para a comissária, a crise entre Ucrânia e Rússia deve trazer a mensagem para a Europa de que os países precisam fazer algo sério sobre a situação energética.

Nesse contexto, a comissária negou que a conta energética da Europa é mais cara que nos EUA por causa das novas políticas climáticas da região. “Nos países membros que possuem um grande componente de energia eólica e solar, o custo de produção energética na realidade caiu”, afirmou.

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Hedegaard lembrou que alguns dos países menos eficientes na questão energética também são os mais dependentes do gás natural da Rússia. Bulgária, Letônia e Lituânia estão entre os seis países que dependem quase que exclusivamente da estatal russa OAO Gazprom, afirmou. “Se você é um ministro búlgaro, você sabe que quase toda sua energia depende se Putin quer manter as linhas abertas ou não”, ressaltou. Sobre a Ucrânia, ela sugeriu que o país diversificar seus fornecedores de energia. Fonte: Dow Jones Newswires.