Comércio vendeu 7,1% a mais em maio

O desempenho do comércio varejista do Paraná, em maio, na comparação com igual mês do ano passado, ficou abaixo do nacional. Enquanto na média do País as vendas cresceram 10,5%, no Paraná o avanço foi de 7,1%. Com isso, o desempenho do acumulado no ano (janeiro a maio) também é pior no Estado: crescimento de 7,4%, contra 9,5% da média nacional. Já nos últimos 12 meses, as vendas do comércio paranaense cresceram 5,3% contra 7,5% do País. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

No Paraná, vários setores puxaram a dinâmica do comércio em maio, entre eles ?combustíveis e lubrificantes?, com crescimento de 11,4% -bem acima da média do País, de 5,2% -, ?equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação?, com alta de 25,2% contra 17,7% da média nacional e ?material de construção?, com avanço de 23,8% contra 4,7% do resultado nacional. Em todos os demais setores, porém, o desempenho do Paraná ficou abaixo do do País. É o caso de ?hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo?, com crescimento de 5,4%, enquanto no comércio nacional houve avanço de 8,2%. ?É o setor que tem maior peso e é muito sensível à renda?, observou o economista Reinaldo Pereira, da Coordenação do Comércio do IBGE.

Outros setores que influenciaram no desempenho paranaense foram ?tecidos, vestuário e calçados?, com crescimento de 7,1% – desempenho bem abaixo do nacional, que ficou em 16% -, ?móveis e eletrodomésticos?, com avanço de 8,4% e ?outros artigos de uso pessoal e doméstico?, com crescimento de 9,8% – resultado bem inferior à média do País, que foi de 28%. ?Esses setores – ?hiper e supermercados?, ?tecidos, vestuário e calçados?, ?móveis e eletrodomésticos? e ?outros artigos? – ficaram bem abaixo da média do País, puxando a média para 7,1%?, destacou Reinaldo Pereira.

Segundo ele, há condições favoráveis da conjuntura econômica para o comércio varejista como um todo, entre elas a maior oferta de crédito, com juros mais baixos e prazos ampliados – que vem favorecendo, sobretudo, o setor de veículos -, o aumento da massa salarial, a taxa de inflação em queda e a taxa de câmbio atual (real valorizado), que favorece a concorrência interna por conta dos produtos importados. ?O crescimento de 7,1% não é um resultado ruim. Demonstra que o comércio do Paraná está se recuperando?, analisou Pereira.

Dos 27 estados, apenas o Piauí (-1,3%) registrou queda nas vendas do comércio em maio, na comparação com igual mês do ano passado. Já as maiores variações positivas foram verificadas em Alagoas (crescimento de 25%), Mato Grosso (16,7%) e Mato Grosso do Sul (15,3%).

Na comparação de maio com abril, as vendas do comércio do Paraná registraram queda de 3,4% – o pior resultado do País. Na média dos 26 estados e Distrito Federal, as vendas permaneceram praticamente estáveis nessa comparação, com pequeno crescimento de 0,5%. 

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