Rio de Janeiro – As vendas do comércio varejista em todo o país avançaram 0,4% no mês de junho, completando seis meses de resultados positivos, e fechando o primeiro semestre de 2007 com alta acumulada de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este foi o semestre de maior crescimento do setor desde o começo de 2001, quando a pesquisa começou a ser realizada.
O número supera até os 9,4% registrados nos primeiros seis meses de 2004, considerado ano da recuperação do comércio varejista.
De acordo com o gerente da pesquisa, Reinaldo Pereira, o resultado alcançado pelo setor é reflexo das condições favoráveis da economia ao longo de 2007. ?Esse desempenho de 9,9% tem a ver com o estado geral da economia brasileira, em que se sobressaem o crédito farto, o aumento da renda, o controle da inflação, a diminuição do desemprego, as exportações crescendo, a indústria que voltou a crescer gerando mais renda para o consumo. Enfim há um cenário hoje bem mais favorável que havia sido no último semestre do ano passado, e isso explica esse crescimento acelerado do setor em 2007?, avaliou o técnico.
Do último semestre do ano passado para o primeiro deste ano, os segmentos com maior alta nas vendas foram combustíveis e lubrificantes (de -6,1% para 5,5%); tecidos, vestuário e calçados (de 1,1% para 10,1%); móveis e eletrodomésticos (de 11,3% para 16,5%); artigos farmacêuticos, médicos,ortopédicos e de perfumaria (de 3,4% para 7,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (de 0,0% para 6,1%).
De acordo com o levantamento do IBGE, em junho as vendas no varejo tiveram expansão de 11,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e os resultados positivos foram registrados em todas as atividades consideradas.
Nesta comparação, o segmento de hipermercados, supermercados,produtos alimentícios, bebidas e fumo com crescimento de 16,2% nas vendas, foi o que mais contribuiu para o avanço da taxa global do comércio varejista. Segundo o IBGE, ?o desempenho refletiu o crescimento do poder de compra da população, devido, principalmente, ao aumento da massa real de salário da economia, além do aquecimento da demanda por produtos importados, que vêm tendo os preços reduzidos por causa da valorização do real?.
Outra área que se destacou em junho deste ano, diante do mesmo período em 2006, foi a de móveis e eletrodomésticos, cujas vendas cresceram 28,9% impulsionadas principalmente pela condições de crédito, renda, emprego e preços.
Dos 26 e Distrito Federal, apenas o Piauí teve resultados negativos (-0,6%), contra junho do ano passado, enquanto as maiores variações positivas ocorreram em Alagoas (25,4%); Pará (16,3%); Sergipe (16,0%); Amapá (15,9%) e Maranhão (15,5%).
Pela ordem de importância, os estados que tiveram mais peso na formação da taxa de crescimento das vendas no varejo foram São Paulo (15,1%); Rio de Janeiro (8,3%); Rio Grande do Sul (9,1%); Bahia (15,5%); e Minas Gerais (6,8%).
A Pesquisa Mensal de Comércio também apontou alta de 0,8% na receita do varejo de maio para junho. Em relação a junho do ano passado, o avanço na arrecadação do setor foi de 14,3%.
