O comércio registrou receita líquida de R$ 2,673 trilhões em 2013, um crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 12,7% em relação a 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta sexta-feira, 14, a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2013. Apesar do avanço, o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas perdeu participação na virada do ano.

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O setor de veículos respondeu por 13,0% da receita operacional líquida (o equivalente a R$ 348,411 bilhões), menos do que em 2012, quando o segmento abocanhou uma fatia de 13,6% (R$ 323,8 bilhões), apontou o IBGE. Por outro lado, o comércio atacadista manteve sua participação praticamente estável, responsável por 44,1% da receita líquida.

Enquanto isso, a fatia do comércio varejista aumentou de 42,4% para 42,9% em 2013. O setor gerou uma receita líquida de R$ 1,145 trilhão e responde pelo maior contingente de trabalhadores, assim como o maior número de empresas. São 1,259 milhão de firmas encaixadas nesta classificação, que empregavam 7,659 milhões de brasileiros segundo o órgão.

Ao todo, o número de trabalhadores no comércio (considerando também veículos e atacado) chegou a 10,431 milhões em 2013, 437,7 mil a mais do que no ano anterior. De acordo com o IBGE, esses profissionais receberam R$ 168,249 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações em 2013.

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O número total de empresas, porém, encolheu para 1,596 milhão – ou seja, 19.234 estabelecimentos fecharam na passagem do ano. As firmas com 20 pessoas ocupadas ou mais foram responsáveis por R$ 2,013 trilhões da receita líquida gerada em 2013. O montante é o equivalente a 75,3% do total.

Varejo

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No varejo, os hipermercados e supermercados representaram a maior receita líquida, com R$ 278,9 bilhões (24,7% do total do segmento). A atividade também se destacou em salários, retiradas e outras remunerações (R$ 17,636 bilhões, ou 16,9% do total). Em relação à receita, também despontaram os combustíveis e lubrificantes (R$ 174,2 bilhões).

As lojas de departamento, eletrodomésticos e móveis e os hipermercados e supermercados se sobressaíram em termos de salário médio mensal (1,8 salário mínimo nestes setores). Já as atividades que mais empregaram no setor varejista em 2013 foram tecidos, vestuário e calçados (1,360 milhão de pessoas), hipermercados e supermercados (1,122 milhão) e material de construção (966,872 mil).

Veículos

No comércio de veículos, peças e motocicletas, a atividade de veículos automotores respondeu por R$ 238,438 bilhões da receita líquida (68,4%), empregou 309,8 mil pessoas (32,2%), com um total de 20,739 mil empresas (13,9%). A atividade registrou a maior média de pessoal ocupado por empresa (15), o maior salário médio (3,0 salários mínimos) e a mais alta produtividade do trabalho (R$ 75,359 mil por pessoa ocupada).