Comércio repete aumento de vendas

O comércio varejista do Paraná está dando mostras de recuperação. Após sucessivos resultados negativos, o volume de vendas cresce há dois meses seguidos: 6,84% em agosto e 9,73% em setembro, na comparação com iguais períodos do ano passado. Com estes resultados, as vendas do comércio paranaense acumulam no ano (janeiro a setembro) crescimento de 2,44% e, nos últimos 12 meses, variação positiva de 0,94%. Em nível nacional, as vendas do comércio aumentaram 10,10% em setembro; no ano, o crescimento acumulado é de 5,83% e, nos 12 meses, de 5,49%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os setores que apresentaram aumento de vendas no Paraná em setembro, destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo – com crescimento de 17,25% -, móveis e eletrodomésticos (15,70%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumes e cosméticos (11,13%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (55,81%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,45%).

Já os resultados negativos ficaram por conta de combustíveis e lubrificantes (-12,27%), tecidos, vestuário e calçados (-6,32%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-19,22%).

Fecomércio-PR

Conforme a Pesquisa Conjuntural do Comércio, divulgada ontem pelo Sistema Fecomércio-PR (Federação do Comércio no Estado do Paraná), o varejo paranaense apresentou desempenho tímido de vendas em setembro na comparação com agosto. Dentre os quatro pólos do comércio do estado, apenas em Londrina houve crescimento nas vendas, de 5,36%. Em outros três pólos houve queda: de 3,25% na Grande Curitiba, de 5,93% em Maringá e de 6,61% no oeste.

Para o assessor econômico do Sistema Fecomércio-PR, Vamberto Santana, é compreensível essa performance, a partir da constatação de que agosto teve 27 dias úteis mais o ?Dia dos Pais? a incentivar as vendas. ?Por outro lado, o 7 de setembro numa quinta-feira estimulou um feriadão que contribuiu para a queda de desempenho no mês. Mais ainda: em Curitiba, o feriado municipal do dia 8, Dia da Padroeira, só reforçou o feriadão no sentido da inclusão do sábado, dia 9?, analisou. No interior do estado foram 25 dias úteis e, em Curitiba, 24.

Entre os fatores de contenção das vendas do comércio estão a valorização do real frente ao dólar, que contribui para reduzir as exportações e o faturamento; o incentivo a importações de bens de consumo e de capital e tecnologia; carga tributária elevada; mercado de trabalho com crescimento inferior ao da mão-de-obra à procura de emprego, além do desempenho limitado do PIB e PIB per capita.

Apesar de todos os contratempos, apontou Santana, os empresários do comércio mantêm expectativas positivas para o restante do ano, diante da queda dos juros, mesmo sendo uma taxa real extremamente alta para uma economia emergente; redução da inflação, em parte auxiliada pela valorização cambial, e expectativa de ampliação dos investimentos públicos para 2007.

Vendas cresceram em 26 estados

Em nível nacional, 26 dos 27 estados apresentaram crescimento nas vendas em setembro na comparação com igual mês do ano passado. A maior variação foi verificada no Estado do Acre (aumento de 44,45%), seguida por Amapá (25,96%), Alagoas (23,19%) e Maranhão (17,81%). A única queda ocorreu em Mato Grosso (-14,32%). Com estes resultados, a expansão das vendas foi de 10,10% na média nacional, o melhor resultado para o mês desde 2001.

Na comparação com agosto, o volume de vendas registrou uma expansão de 2,06% no país, na série com ajuste sazonal – desempenho positivo no segundo mês consecutivo. Em agosto, o volume de vendas havia apresentado alta de 2,75% na comparação com o mês anterior (taxa revisada).

Segundo Reinaldo Pereira, da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, o aumento dos rendimentos, a estabilidade dos preços combinados ao aumento do emprego influenciaram, sobretudo, os resultados do setor de hipermercados, supermercados, Pprodutos alimentícios, bebidas e fumo, que tem maior peso no índice, e que subiram 1,35% na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o segmento ?puxou? a alta de 10,10% da taxa, com um avanço de 11,04%.

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