Os setores de veículos e o de material de construção puxaram as vendas do comércio no Paraná em julho. O resultado foi o crescimento de 14,9% no volume de vendas do comércio varejista em julho, na comparação com igual mês do ano passado – pouco abaixo da média nacional, que ficou em 16,5%.

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Sem esses dois setores, as vendas cresceram 6,9%, também abaixo da média do País, que foi de 11%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Paraná, a atividade de veículos, motocicletas, partes e peças registrou aumento de 26,4% nas vendas na comparação com julho do ano passado; já o setor de material de construção teve incremento de 21%.

Outros segmentos que se destacaram positivamente em julho foram o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (crescimento de 39% no volume de vendas), outros artigos de uso pessoal e doméstico (28,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (25,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (20,1%), móveis e eletrodomésticos (17,5%).

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Com índices de crescimento menores aparecem as atividades de tecidos, vestuário e calçados (2,5%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%) e hiper e supermercados (1,1%). O único segmento com taxa negativa no Paraná foi o de combustíveis e lubrificantes (-0,8%); na média nacional, esse setor cresceu, sozinho, 15% no mês.

Com o resultado de julho, as vendas do comércio varejista ampliado paranaense acumulam no ano crescimento de 14,7% e, nos últimos 12 meses, expansão de 14,9%.

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País

Na média nacional, o volume de vendas do comércio varejista registrou queda de 0,2% em julho, interrompendo a seqüência de quatro meses de crescimento. Já a receita nominal permanece com sua trajetória de taxas positivas, com 0,5% de crescimento.

Nas demais comparações, o volume de vendas registrou aumento de 11% sobre julho de 2007, 10,6% no acumulado no ano e 10,2% no acumulado dos últimos 12 meses.

No comércio varejista ampliado, que inclui os setores de veículos e de material de construção, o crescimento foi de 19,6% em julho, 18,6% no acumulado do ano (janeiro a julho) e 16,6% nos últimos 12 meses.

Na relação julho2008/julho2007 (série sem ajuste), todas as atividades do varejo obtiveram aumentos no volume de vendas: móveis e eletrodomésticos (19,6%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (21,3%); combustíveis e lubrificantes (15%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (15,1%); tecidos, vestuário e calçados (8,4%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (20,6%); e livros, jornais, revistas e papelaria (10,1%).

Região oeste registra maior percentual

As vendas acumuladas de janeiro a julho cresceram 6,65% no Paraná, quando comparadas ao mesmo período do ano passado. Em julho, na comparação com julho de 2007, as vendas aumentaram 6,56% e, em relação a junho, incremento de 5,29%. Os números são da Pesquisa Conjuntural do Comércio realizada pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR).

A região oeste do Estado é a que registra o maior aumento de vendas no acumulado do ano: 10,84%, seguida por Foz do Iguaçu (alta de 9,32%), Londrina (9,98%), Maringá (6,54%) e, finalmente, Curitiba e região metropolitana, com crescimento de 4,51%.

Para o economista Vamberto Santana, da Fecomércio-PR, alguns fatores estão influenciando de maneira positiva. Caso do aumento nos financiamentos habitacionais, crescimento na venda de bens automotivos, expansão do agronegócio, aumento da safra agrícola e valorização do real, o que favorece as importações.

Por outro lado, o comprometimento da renda do consumidor com financiamentos já assumidos e o conseqüente esgotamento do poder de compra no curto prazo é fator que impede que as vendas do comércio sejam ainda maiores.

Segundo a pesquisa da Fecomércio-PR, concessionárias de veículos, materiais de construção, supermercados, combustíveis e lubrificantes, vestuário, são alguns dos setores que estão com demanda aquecida.

A pesquisa revela ainda que as expectativas dos empresários varejistas para o resto do ano são muito boas em relação ao desempenho das vendas. Isso porque o segundo semestre concentra mais vendas que o primeiro, por conta do pagamento do 13.º salário, da restituição do imposto de renda, além do Natal.

Também contribuem para o cenário positivo indícios de queda nas taxas de inflação para os próximos meses; crescimento da oferta interna de produtos agrícolas; aquecimento do mercado da construção civil e do financiamento de imóveis; maior nível de emprego e da massa de salários.