Aumentou em pelo menos 6,12% o uso do cheque como forma de pagamento no comércio de Curitiba. A informação consta do levantamento “Indicadores do Comércio”, elaborado pela Associação Comercial do Paraná (ACP) com base nos dados do Videocheque, que sinalizam negócios à vista.
Já as vendas a prazo tiveram alta de 5,17% em junho, de acordo com os pedidos de informações registrados pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). A evolução nos dois casos resulta da comparação com junho.
A inadimplência líquida em Curitiba e região metropolitana ficou em -0,28%, relativamente ao número de consultas realizadas em abril (90 dias antes), enquanto a anualizada (agosto de 2007 a julho de 2008) foi de -0,21%, a menor da série histórica iniciada em 1994. A ACP calcula a taxa utilizando metodologia do Banco Central (BC).
De acordo com o vice-presidente de Serviços da ACP, Élcio Ribeiro, a opção pelo cheque é natural devido ao alto custo pago às administradoras pelo uso de cartões de crédito e débito e à qualidade das informações do Videocheque, que asseguram vendas seguras, por meio do banco de dados da Rede Nacional de Informações Comerciais (Renic). “Apesar de estar relegado a segundo plano até mesmo pelos bancos, o cheque é uma opção barata e segura e que, por isso, deve ser mais aceita pelos lojistas.”
Quanto à inadimplência baixa, tanto a do mês como a anualizada, Ribeiro diz que ela também reflete a qualidade dos serviços de proteção ao crédito prestados pela ACP. Também pesa favoravelmente o fato de que nem a inflação e nem a alta dos juros terem interferido na adimplência.
“É preciso considerar que os efeitos desses fatores demoram um pouco para chegar ao consumo. Além disso, os indicadores mostram que o consumidor continua com bom poder aquisitivo e fazendo suas compras, mesmo porque tem se preparado para isso”, comenta.