As vendas no comércio do Paraná tiveram, em novembro de 2003, um crescimento de 7,36%. De acordo com levantamento do IBGE, divulgado ontem, o resultado foi um dos três melhores do País. Junto com o Paraná, o destaques ficaram com o Acre (34,38%) e Mato Grosso (13,62). A média nacional ficou em -0,27%.
Também tiveram bons resultados Goiás (5,71%) e Mato Grosso do Sul (5,17%). Os Estados que mais contribuíram para a variação negativa no setor foram Pernambuco (-6,46%), Rio de Janeiro (-4,69%), Rio Grande do Sul (-2,77%), Bahia (-2,11%) e São Paulo (-0,15%).
Na análise do IBGE, apesar o decréscimo nas vendas do comércio em todo país, o resultado de novembro foi o melhor de 2003. No período de janeiro a novembro, o índice nacional ficou em -4,52%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o nível de redução do volume de venda permaneceu levemente ascendente, com a taxa evoluindo de -4,56% para -4,58%.
Fecomércio
Pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Paraná, que abrange Curitiba e Região Metropolitana, constatou queda nas vendas no mês de novembro, na comparação com o mês anterior. Após um crescimento das vendas de 6,25% em outubro (sobre o mês anterior) a expectativa era de que se repetiria tal comportamento em novembro. Elas, foram, porém, -4,18% menores. As compras também tiveram queda, de -5,33%.
Em Londrina, por outro lado, o desempenho do comércio, em novembro, não pode ser considerado ruim, especialmente considerando-se o ocorrido em outras regiões do País. Na comparação com o mês anterior, a evolução foi positiva tanto em relação às vendas (0,40%), quanto em relação às compras (6,46%).
Vendas industriais caíram 12%
As vendas da indústria paranaense caíram 12,3% em novembro passado, na comparação com outubro, segundo a pesquisa Análise Conjuntural, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Com isso, o resultado do faturamento real do setor apresentou queda de 12,09% em onze meses de 2003, contra o mesmo período de 2002.
Na comparação mês a mês, as vendas da indústria foram 7,67% menores em novembro de 2003 do que em 2002. Este índice chegou a ser de 17,5% em setembro passado, frente ao mesmo período do ano anterior.
Segundo os economistas da Fiep, novembro é um mês em que tradicionalmente diminuem os pedidos do comércio e a queda não foi surpresa.
Em relação ao ano, a entidade atribui o mau resultado à instabilidade econômica e às ferramentas restritivas da política monetária nacional – juros altos e redução do crédito.
Outro fator que influenciou o resultado foi a valorização do real frente ao dólar, que fez cair as receitas das exportações, apesar do aumento da quantidade física produzida.
Com a redução dos juros e aumento do crédito, a Fiep vislumbra uma melhora no resultado financeiro das indústrias já a partir do início de 2004.
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