O Paraná obteve, em janeiro, um índice de volume de vendas do varejo de 4,8%, próximo aos obtidos nos dois meses anteriores (4,5% em dezembro e 5% em novembro de 2008).

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A variação positiva, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada ontem, refere-se à comparação entre a taxa de janeiro deste ano com a do mesmo mês em 2008.

O índice do primeiro mês do ano ficou abaixo da média nacional, de 6%. Mesmo assim, o Estado esteve entre os cinco mais importantes na composição da taxa do País. O resultado foi atribuído às promoções depois da passagem das festas de final de ano.

No acumulado dos últimos 12 meses, o índice ficou em 6,6% no Paraná, e 8,7% no País. Já a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação, no Paraná, de 10,5% em relação a janeiro de 2008, e 12% no acumulado dos últimos 12 meses. No País, esses índices ficaram em 11,9% e 14,7%, respectivamente.

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O segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foi o que apresentou, no Estado, maior índice de crescimento em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2008: 96,9%.

Para o economista da área de Comércio e Serviços do IBGE, Nilo Lopes de Macedo, grandes oscilações neste grupo são normais. “O setor apresenta um comportamento um pouco errático, variando muito de acordo com políticas dos governos e grandes compras feitas por empresas”, explica, lembrando que o segmento tem um peso pequeno -cerca de 1% – no total nacional.

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Os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (24,4%), artigos farmacêuticos, de perfumaria e cosméticos (17%), outros artigos de uso pessoal (16,3%), combustíveis e lubrificantes (11,6%) e hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,8%) foram os outros que apresentaram crescimento no Paraná. Já os segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-3,4%) e móveis e eletrodomésticos (-1,8%) tiveram queda.

As áreas de veículos e motocicletas e de materiais de construção, que compõem o índice ampliado, também tiveram queda, respectivamente, de 2,4% e 20,2% no Paraná, e 0,3% e 12,5% no Brasil.

Incluídos estes setores, a variação de janeiro, ante o mesmo mês de 2008, foi, no Paraná, de 0,3%. No País, a taxa foi de 2,8%. Segundo o IBGE, a maior causa da queda nos setores foi a restrição de crédito.

Destaque

Apesar do crescimento tímido no Paraná, o segmento de hiper e supermercados e produtos alimentícios cresceu acima da média e foi destaque no País: 7% no volume de vendas, ante janeiro de 2008, correspondendo a 41% da taxa do varejo.

Segundo o IBGE, o desempenho nacional do setor deve-se ao “aumento do poder de compra da população”. A desaceleração dos preços dos alimentos no segundo semestre de 2008 também foi apontada como provável justificativa.

Além do Paraná, foram destaque no índice de volume de vendas os estados de São Paulo, com crescimento de 8,7% em janeiro, ante janeiro de 2008, Rio de Janeiro (7,8%), Minas Gerais (5%) e Santa Catarina (6,8%).

O economista do IBGE explica que o Paraná exerce um impacto de 5,5% nos índices nacionais, correspondendo ao quinto estado mais influente nas estatísticas referentes ao comércio. Apenas São Paulo (37,5%), Rio de Janeiro (11,7%), Minas Gerais (8,4%) e Rio Grande do Sul (6,9%) possuem pesos maiores.