As vendas do comércio paranaense cresceram 6,91% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, com destaque para as regiões de Maringá (avanço de 7,21%), oeste (Cascavel, Toledo e Marechal Cândido Rondon), com 6,59%, Curitiba e região metropolitana (4,77%) e Londrina (10,84%). Os dados fazem parte da Pesquisa Conjuntural do Comércio, realizada pela Federação do Comércio do Paraná. No acumulado do ano (janeiro a abril), o desempenho foi ainda melhor, com crescimento de 8,63%.
Já na comparação com março, o comportamento do comércio se dividiu: na Região Metropolitana de Curitiba houve queda de 6,76%; em Londrina, redução de 2,12%; em Maringá, expansão de 1,13% e na região oeste aumento de 1,77 %.
?O mês de abril apresentou uma data importante de vendas, a Páscoa. É uma data que motiva o comércio, mas não foi suficiente para fazer com que, na Região Metropolitana de Curitiba e Londrina, o desempenho das vendas superasse março de 2007?, apontou Vamberto Santana, consultor econômico e coordenador da Pesquisa Fecomércio.
Entre os fatores que ajudam a explicar os números positivos do comércio como um todo, destacam-se melhora no agro-negócio, com impacto positivo na demanda agregada interna e efeito multiplicador sobre as demais atividades econômicas; expansão de financiamento pelo mercado de crédito; estabilidade de preços; valorização do real diante do dólar, que aumenta o poder de compra de bens de consumo finais; queda nos juros, que gera um efeito psicológico positivo maior que o efeito imediato efetivo da redução no custo dos financiamentos.
Vendas a prazo
Os ramos do varejo com maior crescimento de vendas, no ano, demonstram maior interação com vendas a prazo, devido o maior valor unitário. Significa também comprometimento de parcela da renda do consumidor por algum tempo. É o caso, por exemplo, de ? concessionárias de veículos?, que apresentaram crescimento expressivo pela maior oferta de crédito e extensão nos prazos; ?materiais de construção?, pela maior disponibilidade de financiamentos habitacionais, para diferentes faixas de renda; ?autopeças e acessórios?, pois o aquecimento em todo o setor automotivo ajuda a manter o bom desempenho. O setor de ?móveis, decorações e utilidades domésticas? cresceu em função de apresentar preços muito competitivos, aliado a melhoria da renda real; ?lojas de departamentos? também cresceram em vendas devido à combinação entre boas condições de financiamento, diversidade de bens com que trabalha e melhoria na renda real.