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Foto: Arquivo/O Estado

Comércio começa preparativos para o Natal.

O comércio e o setor de serviços devem abrir neste fim de ano cerca de 90 mil vagas temporárias, com acréscimo de 5% a 6% em relação a 2005, segundo duas pesquisas feitas no setor. A oferta crescente de crédito ao consumidor e a expansão do número de lojas, especialmente de shoppings, são fatores que contribuem para o aumento das vagas no varejo, apesar da perda de fôlego no ritmo de produção da indústria.

Os salários oferecidos aos temporários neste ano estão, no mínimo, 5% maiores em relação a 2005, por causa dos dissídios. A diferença é que provavelmente parte dessas vagas temporárias não se transforme em efetiva, como ocorreu em janeiro deste ano. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), as cerca de 140 empresas associadas vão abrir 90 mil postos de trabalho no País neste Natal.

O presidente da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyoun, diz que o levantamento feito pela sua entidade indica que a oferta de trabalho temporário vai crescer cerca de 6% neste fim de ano. Em 2005, foram abertas algo em torno de 80 mil vagas. ?Teremos 18 novos shoppings em funcionamento até o fim do ano, o que garante o acréscimo nas contratações.

Efetivos

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?Nos últimos três anos, cerca de 30% dos trabalhadores temporários contratados pelo comércio para o Natal se tornaram efetivos?, observa o diretor da Asserttem, Vander Morales. Mas, neste fim de ano, pode ser que a tendência não se confirme da mesma maneira.

As Casas Bahia, por exemplo, vão abrir 2,5 mil vagas para a megaloja que funcionará em dezembro no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O número de postos de trabalho é igual ao de dezembro de 2005. A diferença é que neste ano essa mão-de-obra será admitida como temporária. Em 2005, esses trabalhadores foram contratados como efetivos.

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Já a concorrente Lojas Cem pretende contratar para este fim de ano 250 vendedores, 100 a mais do que em dezembro de 2005, mas como efetivos. Segundo o supervisor geral da empresa, Valdemir Colleone, a perspectiva é aproveitar os melhores trabalhadores do fim de ano para substituir os funcionários com pior desempenho que integram os quadros da empresa.

Essa tendência de usar os temporários para reciclar os quadros efetivos é confirmada pela diretora comercial da Gelre Recursos Humanos, Dinamar Makiyama. Ela constatou que, neste ano, o grau de exigência nos testes para contratar temporários é maior, já tendo em vista uma provável substituição. ?O objetivo das empresas é aproveitar como funcionários efetivos só aqueles que se destacarem.?

Pelas consultas recebidas, a diretora acha que, entre outubro e dezembro, o comércio e o setor de logística devem admitir neste ano 10% a mais do que no fim de 2005, mas as contratações devem deslanchar depois das eleições.