O fim da temporada de férias foi o principal responsável pelo fechamento de postos de trabalho formais no setor de comércio em março, segundo o Ministério Trabalho e Emprego (MTE), que divulgou nesta quinta-feira, 17, os dados dos Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O comércio demitiu 26.251 trabalhadores com carteira assinada. Foi o pior desempenho entre os setores avaliados. O resultado contribuiu fortemente para o saldo modesto de 13.117 vagas registradas no mês, a pior em 15 anos.

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A agricultura foi o segundo setor que mais demitiu em março (5.314 postos fechados). O desempenho do setor foi impactado, segundo o ministro Manoel Dias (Trabalho e Emprego), pelo fim da colheita e problemas climáticos verificados em algumas regiões do País. “O Nordeste tem ainda hoje regiões que vivem sob a seca e, no Norte, as chuvas. Mas o maior número de pessoas desempregadas foi pelo fim da safra”, afirmou.

A construção civil registrou o terceiro pior saldo entre os segmentos que mais demitiram em março, com 2.231 dispensas de trabalhadores no mês.

Contratações

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A geração de trabalhos formais em março foi positiva para o setor de serviços, que contratou 37.453 trabalhadores. Em seguida esteve a indústria de transformações, com 5.484 vagas criadas. O setor público ficou em terceiro no ranking do Caged, após registrar um saldo positivo de 3.482 postos de trabalho gerados.

Junto com a geração de novas vagas, os salários registraram alta de 2,49% no primeiro trimestre de 2014. A média de rendimento do trabalhador aumentou de R$ 1.138,46, em março do ano passado, para R$ 1.166,84 no mesmo mês em 2014. O salário das mulheres contratadas entre janeiro e março tiveram aumento de 2,72% em relação ao mesmo período de 2013. Os homens tiveram um aumento menor (2,51%).

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