Comércio espera por semestre melhor

Pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Paraná, envolvendo comerciantes de todo o Estado, aponta uma expectativa de melhora para o segundo semestre deste ano. A grande maioria – 76,41% dos entrevistados – considera que a situação vai melhorar, percentual pouco maior do que o verificado em levantamento realizado no ano passado, quando 71,74% consideravam que o segundo semestre de 2002 seria melhor que o primeiro.

A maior reclamação do setor continua sendo, porém, a elevada carga tributária. Para o presidente da Federação, empresário Rubens Brustolin, é “considerável” que 70,26% dos entrevistados a coloquem como maior dificuldade para enfrentar a concorrência. Em segundo lugar, com 57,95% aparece “encargos sociais elevados”.

A Federação do Comércio distribuiu 1.750 questionários para empresas constantes do seu cadastro e recebeu 195 respostas. São de empresas grandes, médias e pequenas, de todas as regiões do Paraná. A margem de erro é de 10%, segundo o consultor do trabalho, professor Vamberto Santana, da Universidade Federal do Paraná. O levantamento foi feito entre 16 de junho e 15 de julho.

Interessante observar que a maioria dos entrevistados considerou a situação financeira da empresa, no primeiro semestre deste ano, melhor que a situação verificada no segundo semestre do ano passado. Existem fatores que em função de suas características, vem interferindo no desempenho da economia e, de forma semelhante, influenciam tanto o comércio quanto a indústria, afetando expectativas dos empresários em relação ao futuro. Nesse sentido, como variáveis conjunturais de cunho amplo que influenciam a economia brasileira e paranaense, podem ser mencionados: a economia está funcionando de forma retraída, sendo que o PIB apresenta um crescimento próximo à variação demográfica, o que é reconhecidamente insuficiente para um país com as dimensões e as necessidades do Brasil; nos dois últimos meses, as taxas de inflação da economia brasileira foram negativas, mais um sintoma das dificuldades de vendas do comércio e formação de estoques nos pátios e armazéns das empresas.

Outras respostas obtidas no levantamento da Fecomércio: 64% vão estabelecer parcerias com fornecedores como forma estratégica para melhorar a relação; 52,31% têm no Senac, Senai, Sesc e Sebrae parceiros para treinamento; 55,38% dispendem mais esforço na satisfação do cliente e 47,69% fazem da visita o meio mais usado de comunicação com clientes e fornecedores. Observa-se um crescimento do uso da tecnologia: 20% já usam a internet como meio de comunicação.

Os empresários citaram como principal ponto fraco no negócio a concorrência desleal e o atendimento como ponto forte. Como principal oportunidade para o negócio no primeiro semestre a maioria apontou “novos produtos” e como ameaça “aumento na taxa de juros”.

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