Comércio do Paraná vendeu menos em maio

O comércio varejista do Paraná apresentou queda de 3,57% no volume de vendas de maio de 2002, comparado ao mesmo mês do ano passado. Com isso, acumula recuo de 2,74% no ano e de 1,87% nos últimos doze meses. Segundo os dados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo IBGE, o índice nacional apresentou evolução de 1,22% em maio – a maior alta desde março do ano passado (2,56%), mas nos cinco primeiros meses do ano, houve retração de 0,59% no volume de vendas. Já nos últimos doze meses, verifica-se avanço de 1,42%.

No item faturamento, a pesquisa do IBGE revela incremento de 2,29% no comércio paranaense em maio de 2002, comparado a maio de 2001, deixando um acumulado de 2,52% no ano e de 4,71% no comparativo dos doze meses. O índice nominal de vendas nacional, em maio, foi 7,48% superior a igual mês do ano passado. O desempenho nos cinco primeiros meses de 2002 é positivo em 5,38%, enquanto nos doze meses, verifica-se aumento de 4,64%.

O principal impacto positivo na formação da taxa global de volume de vendas foi o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que voltou a crescer em maio (3,30%) depois de cair 6,29% em abril. Contribuíram também para a expansão do setor os resultados de Combustíveis e lubrificantes (3,01%) e de Móveis e eletrodomésticos (1,68%). Por outro lado, houve influência negativa dos segmentos de Tecidos, vestuário e calçados ( -6,61%) e de Demais artigos de uso pessoal e doméstico (-0,25%).

A pesquisa do IBGE aponta desempenho positivo no volume de vendas em 19 dos 27 estados do País. As maiores taxas de crescimento na comparação maio 2002/maio 2001 ocorreram em: Tocantins (22,41%); Amapá (16,02%); Piauí (14,54%) e Rondônia (7,66%). Porém as variações de maior impacto na determinação da taxa do varejo nacional foram as do Rio de Janeiro (5,29%); Minas Gerais (2,96%) e São Paulo (1,24%). Dos oito Estados com queda mensal no volume de vendas, os destaques foram Roraima (-13,99%); Goiás (-5,97%); Rio Grande do Sul (-5,02%); e Espírito Santo (-3,67%).

Queda na RMC

O comércio varejista de Curitiba e Região Metropolitana também apresentou resultados negativos em maio, conforme a Pesquisa Conjuntural do Comércio elaborada pela Federação do Comércio do Paraná. Nos 26 municípios abrangidos pelo levantamento, houve queda de 0,64% nas vendas em relação a abril e de 8,79% na comparação com maio de 2001. O acumulado de vendas de janeiro a maio foi 4,64% inferior ao mesmo período do ano passado. Os setores com melhor desempenho de vendas em maio foram: vestuário, tecidos e calçados. Os principais resultados negativos foram registrados em livrarias e papelarias, concessionárias de veículos e lojas de autopeças.

As compras do comércio em 2002 também estão menores que em 2001. No período janeiro a maio, o recuo é de 8,0%. Em relação a abril de 2002, houve diminuição de 5,73%. No comparativo com maio do ano passado, a queda é de 12,29%. Por outro lado, o nível de empregos do comércio da Grande Curitiba teve expansão de 1,78% de abril para maio, acompanhado de crescimento de 9,92% na folha de pagamentos.

Para o bimestre junho/julho, as expectativas são positivas em relação ao aquecimento das vendas, afirma o consultor econômico da Fecomércio/PR, Vamberto Santana. A projeção favorável se deve à mudança de estação, bom desempenho do Brasil na Copa do Mundo, entrada em circulação do dinheiro proveniente da liberação do recurso do FGTS e antecipação de parcela do 13o salário por algumas empresas e serviços públicos. Segundo o economista, as eleições também tendem a movimentar as vendas.

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