As vendas do comércio varejista do Paraná cresceram 4,62% em outubro, na comparação com igual mês do ano passado. Foi o terceiro resultado positivo consecutivo, depois de vários meses de queda. Com a variação de outubro, o comércio paranaense registra crescimento de 2,65% no acumulado do ano (janeiro a outubro) e de 1,62% nos últimos 12 meses. Apesar dos números positivos, o desempenho do comércio paranaense está abaixo da média nacional, que é de 6,95% na variação mensal, 5,94% no acumulado do ano e 5,75% nos 12 meses. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre oito grupos pesquisados, cinco registraram alta no Paraná e três, queda. Os melhores desempenhos ficaram por conta de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (crescimento de 8,55%), móveis e eletrodomésticos (7,82%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,92%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (35,87%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,28%).
Na outra ponta, registraram queda nas vendas os setores de combustíveis e lubrificantes (-12,76%), livros, jornais, revistas e papelaria (-13,97%), além de tecidos, vestuário e calçados (-2,95%).
Maior rendimento
Em nível nacional, as vendas do setor cresceram 0,51% em relação a setembro e 6,95% na comparação com outubro do ano passado. Os segmentos de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (crescimento de 6,06%) e de móveis e eletrodomésticos (18,10%) foram responsáveis, juntos, por 80% do crescimento nas vendas no mês, na comparação com outubro do ano passado.
Para o coordenador de serviços e comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, o aumento nas vendas do varejo responde a variáveis como crescimento no rendimento e da ocupação – ou aumento da massa salarial -, continuidade dos efeitos do crédito farto na economia e influência das importações.
Ele também citou a questão do 13.º do INSS como fator de forte influência para as vendas do varejo em setembro, mas avalia que houve uma redução desse efeito em outubro, o que levou a uma perda de ritmo no crescimento do setor no mês. Em setembro, a expansão ante mês anterior havia sido de 1,81% e, ante igual mês do ano passado, de 9,98%. ?A tendência continua sendo de alta, mesmo com os resultados de outubro menores do que em setembro?, disse.
Para Pereira, o bom desempenho do setor de hiper e supermercados – que acumula alta de 6,44% nas vendas no ano até outubro – reflete melhoria no rendimento e emprego, além de estabilidade ou deflação nos preços de alguns produtos alimentícios.
Outro destaque do mês foi o segmento de móveis e eletrodomésticos. Impulsionado pelas boas condições de crédito, aumento da massa salarial e aumento das importações, registrou expansão nas vendas de 0,46% ante setembro e de 18,10% ante outubro do ano passado. A contribuição para a taxa ante igual mês do ano anterior foi de 2,55 ponto percentual.
No corte regional, 25 dos 27 estados obtiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação outubro06/outubro 05. As maiores variações ocorreram no Acre (35,83%), Alagoas (33,70%), Amapá (29,34%), Roraima (26,05%) e Maranhão (20,03%). As duas quedas aconteceram em Mato Grosso (-11,02%) e em Sergipe (-3,31%).
