Comércio comemora o crescimento do PIB

O crescimento de 6,1% do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, é um bom sinal para o comércio de bens e serviços. A análise é do presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac do Paraná, Darci Piana, para quem o governo precisaria, agora, reduzir a taxa de juros para que a economia como um todo responda de forma ainda mais positiva no fechamento do ano.

Piana considera, porém, difícil que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza ou mesmo deixe onde está a Selic – a taxa de juros utilizada pelo Banco Central para balizar os negócios interbancários – (atualmente em 17,25%). "Infelizmente, os empréstimos para o comércio e os juros ao consumidor estão bem acima da Selic (a taxa real, descontada a inflação, está em torno de 12% ao ano). Mas estamos trabalhando para oferecer aos comerciantes de bens e serviços do Paraná mais condições para capitalização." Piana se referia à assinatura, no último dia 29 de novembro, de convênio com o Banco do Brasil, que vai possibilitar às empresas associadas aos sindicatos filiados à Federação do Comércio do Paraná, juros mais baixos para empréstimos até R$ 100 mil.

O presidente do Sistema Fecomércio considerou insuficiente o programa anunciado pela presidência da República para facilitar acesso ao microcrédito. Segundo ele, oferecer dinheiro para pequenos empresários com juros de 2% ao mês – mesmo sendo mais barato que a quase totalidade dos financiamentos oferecidos pela rede bancária – ainda é ignorar as dificuldades do setor, porque nenhum empreendimento, nos dias atuais, consegue capitalizar 24% de crescimento no ano para fazer frente aos juros cobrados.

Para Darci Piana, alguns fatores conjunturais farão com que o comércio de bens e serviços tenha um final de ano positivo neste ano. "O ingresso dos recursos do 13.º salário, a queda do dólar – e a redução das exportações, o que fará a indústria se voltar para o mercado interno, reduzindo preços – e os empregos temporários (a estimativa é de que pelo menos 12 mil pessoas foram absorvidas para atender os compradores de fim-de-ano) estão reaquecendo a economia do Estado, permitindo uma expectativa de que as vendas serão cerca de 7% maiores neste dezembro na comparação com dezembro do ano passado", acrescenta.

O levantamento da Pesquisa Conjuntural do Comércio, que é feita pela Federação do Comércio do Paraná em Curitiba, Região Metropolitana, Londrina e Maringá, aponta para uma melhora nas vendas no mês de novembro (os dados ainda não estão totalmente fechados), que devem continuar em dezembro.

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