O empresariado paranaense está bastante otimista em relação ao primeiro semestre de 2003. O dado foi obtido através de uma pesquisa de opinião do empresário realizada pela Federação do Comércio do Paraná, no final do ano passado, após a definição do segundo turno das eleições para presidente da República e governador. Participaram da consulta empresários de 199 empresas localizadas em todas as regiões do Estado.
Dos entrevistados, 77,16% disseram acreditar que as vendas no primeiro semestre de 2003 serão maiores que as registradas no mesmo período do ano passado. Destes, 51,97% acham que as vendas serão de 5% a 10% superiores e 41,45% que serão até 5% maiores. Apenas 6,58% apontaram outros percentuais.
Para o presidente da Federação, Rubens Brustolin, o resultado indica que o empresariado paranaense está confiante no novo governo. Ele supõe que, se a pesquisa fosse realizada novamente neste mês de janeiro, os resultados seriam ainda mais otimistas, sendo que muitas coisas em relação ao governo do PT foram desmistificadas e, no Paraná, o governador Roberto Requião anunciou a isenção de cobrança de ICMS para mais de 120 mil microempresas.
“Antes das eleições, embora os resultados da pesquisa tenham se mostrado bastante positivos, muitos empresários ainda estavam preocupados e desconfiados em relação ao novo presidente e ao novo governador”, afirma Brustolin. “Agora, estão vendo que os ministros estão dando seqüência ao que já estava sendo feito e estão mais tranqüilos. A isenção de ICMS para empresas paranaenses, o que irá representar uma redução de apenas 2% na receita do Estado, também trouxe otimismo. Muitos empresários já podem pensar em realizar investimentos, aumentando estoques e o número de empregados”, disse. Como forma de divulgar produtos e serviços, os meios mais utilizados são o rádio (53,24%), mala direta (31,65%), jornal (28,78%) e TV (25,18%), sendo que a maioria dos entrevistados (44,66%) declararam que a informação tem sido utilizada como estratégia competitiva dentro da organização.
A carga tributária elevada foi apresentada como a principal dificuldade que os empresários enfrentam para vencer a concorrência. Os tributos foram a principal reclamação de 73,37% dos entrevistados, seguidos pelos encargos sociais elevados (55,28%), pela falta de recursos próprios para capital de giro (33,17%) e custo elevado de produtos (20,60%).