Os preços de muitos restaurantes por quilo de Curitiba têm aumentado nos últimos meses. Em alguns locais o acréscimo foi de centavos, mas em outros chega a R$ 1, por exemplo.

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Nem o período de safra registrado nos primeiros meses do ano, tão pouco a redução no ICMS de 18% para 12% (desde primeiro de abril) influenciaram os preços do setor por enquanto. Centavos ou R$ 1 parecem pouco, mas se colocar na ponta do lápis são valores fazem a diferença no final do mês.

Apesar disso, Curitiba ainda está com vantagem quando o assunto é refeição por quilo: uma pesquisa realizada entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio Para o Trabalhador (Assert) apontou que a capital paranaense possui o quarto preço mais barato neste tipo de refeição no país.

Os proprietários de restaurante se defendem: o aumento nos preços de alimentos – principalmente carnes e alguns vegetais – e energia elétrica, por exemplo, contribuem para o acréscimo nos preços.

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A administradora do restaurante Santa Gulla, no Juvevê, Paula Ivanki, diz que não dá para deixar de repassar as perdas ao consumidor. No local, o preço do quilo passou de R$ 19,90 para R$ 20,90.

“Aumentou tudo nos últimos meses, principalmente a carne e o nosso aluguel”, alegou. Alguns empresários estão tentando “segurar” o máximo que podem para não perder clientela. No Villa Sabor, localizado no Bom Retiro, por exemplo, o preço do quilo é o mesmo há um ano: R$ 27,90 nas segundas, quartas e sextas-feiras.

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Outro restaurante mais popular, o Mr. Bimbo, no Bacacheri, que servia buffet livre por R$ 6,50 há cerca de dois meses, agora já cobra R$ 6,90. “Muitas vezes não podemos repassar o preço para o consumidor pois aí o movimento cai. Mas desta vez, como muitos produtos demoraram para baixar, como a carne, por exemplo, não teve jeito”, comentou.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) confirma o que os administradores de restaurantes informaram, mas lembra que outros diversos itens, e não só os alimentos, devem ser levados em consideração na hora de analisar o aumento.

Críticas ou sugestões podem ser enviadas para economia@oestadodoparana.com.br