Luta

Comemoração de 1.º de maio defende o emprego

Centenas de pessoas se reuniram ontem, na praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, em Curitiba, para participar do já tradicional 1.º de Maio Solidário, promovido pela Força Sindical do Paraná, em homenagem ao Dia do Trabalho.

O evento teve início às 11h, com uma série de shows. Às 13h foi promovida uma missa com o padre Reginaldo Manzoti, da Paróquia Nossa Senhora do Guadalupe, seguida de mais uma série de apresentações artísticas, realizadas até as 21h, horário de encerramento das atividades.

Este ano, o 1.º de Maio Solidário teve como tema “Força Total em Defesa dos Empregos”. “Lutamos em favor da manutenção e da defesa dos empregos dignos e com carteira assinada. Somos a favor da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários. Isto geraria, de imediato, 2,5 milhões de novos empregos, contribuiria com a saúde dos trabalhados e permitiria que eles tivessem mais tempo para investir na própria qualificação”, declarou o diretor de mobilização da Força Sindical, Nelson Silva de Souza.

O reajuste de 14,9% do salário mínimo regional do Paraná – aprovado na Assembleia Legislativa no dia 8 de abril e sancionado pelo governador Roberto Requião – foi comemorado.

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o novo piso regional deve atender 468 mil trabalhadores, representando um potencial de impacto de R$ 754,4 milhões na economia do Paraná.

“O valor a ser aplicado varia entre R$ 605,52 e R$ 629,55. O reajuste irá beneficiar principalmente trabalhadores sem convenções coletivas de trabalho e sem sindicatos constituídos. Porém, todas as categorias poderão utilizar os novos valores como parâmetro para negociação de reajustes”, afirmou Nelson.

Também durante todo o dia, na praça Nossa Senhora da Salete, os cidadãos tiveram acesso a diversos serviços gratuitos prestados pela Copel, Sanepar, Hemepar, Cohapar, Compagás e Secretaria de Estado do Trabalho.

O público presente foi convidado a fazer doações de alimentos, podendo, desta forma, concorrer a vários sorteios de prêmios. Os alimentos arrecadados serão doados a entidades assistenciais.

“Desde 2002, quando foi realizada a primeira edição do 1.º de Maio Solidário, até agora, mais de 300 toneladas de alimentos já foram arrecadadas”, informou a Força Sindical.

Previdência e combate à corrupção

Com stands montados na praça, o Movimento pela Ética na Política de Curitiba (MEP) e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) também realizaram ações voltadas à cidadania.

O MEP convidou as pessoas a participarem de um abaixo-assinado com o intuito de alterar a Lei da Inelegibilidade, fazendo com que as pessoas condenadas por crimes graves não possam se candidatar a mandatos públicos.

Já o sindicato, trabalhava na divulgação da campanha nacional de ações judiciais contra o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Esta tem dois processos, sendo um pela recuperação do poder de compra e outro pelo fim do fator previdenciário.

Romaria prega enfrentamento das consequências da crise

Integrantes de diversos movimentos sociais participaram, na manhã de ontem, de uma romaria pelas ruas de Curitiba – com o tema “Nossa Casa não é Mercado” – em comemoração ao Dia do Trabalho.

Os integrantes da manifestação se concentraram às 9 horas, na paróquia São Sebastião, no Rebouças, e seguiram em caminhada até o Centro Cívico, onde acontecia o evento da Força Sindical do Paraná.

Durante o trajeto, ,realizaram paradas na ponte do rio Belém, no Instituto Santo Dias e em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). A romaria teve como principal eixo o enfrentamento das consequências da crise internacional do capitalismo. O assunto foi abordado durante toda a caminhada.

“A crise está tendo consequencias diretas na vida dos trabalhadores, que estão sofrendo em função do grande número de demissões já ocorridas. Muitas empresas têm se preocupado apenas com o lucro e deixado de lado a qualidade de vida de seus funcionários. Porém, os trabalhadores não querem e não podem pagar a conta pela crise”, disse a integrante do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores, Darli Sampaio.

O movimento também abordou temas como a necessidade de redução dos juros; a não criminalização dos movimentos sociais; a reforma agrária; a defesa do petróleo nacional;  a reestatização de Vale, CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Petrobras e Embraer; saúde, educação e moradia; e defesa dos serviços e dos servidores públicos.

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