Começou às 10h02 desta terça-feira, 25, a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom). Na tarde desta terça, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.
Na quarta-feira, 26, eles têm mais uma rodada de discussões antes de decidir sobre o novo patamar da Selic, atualmente em 10,25% ao ano. De um total de 41 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 39 esperam corte de 1 ponto porcentual da taxa básica de juros, enquanto duas projetam redução de 0,75 ponto porcentual.
Se o corte da Selic for confirmado – seja ele qual for -, esta será a sétima vez consecutiva em que o Banco Central reduz a taxa básica, após intervalo de quatro anos.
A decisão desta quarta-feira do Copom levará em conta os efeitos da crise política sobre os índices de preços e de atividade, além dos próprios resultados recentes destes indicadores. No encontro anterior, no fim de maio, o colegiado havia sinalizado a intenção de reduzir o ritmo de cortes da Selic no encontro deste mês, de 1 para 0,75 ponto porcentual. Pesava para isso a incerteza em torno das reformas econômicas e da sustentação do governo Michel Temer, após as delações de executivos da JBS.
Desde então, porém, os índices de inflação seguiram acomodados, assim como os indicadores de atividade, que estão longe de sugerir pressão sobre os preços. Assim, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em 22 de junho, o BC manteve as portas abertas para a continuidade do ritmo de corte da Selic, de 1 ponto porcentual, na reunião desta semana.
No documento, o BC reiterou que o ritmo dependerá da atividade econômica, dos riscos para o cenário de inflação, das reavaliações sobre o ciclo e das expectativas para o IPCA.