O querosene de aviação (QAV), responsável por cerca de um terço do preço do bilhete aéreo, alcançou nesta semana o seu maior valor histórico pago pelas companhias aéreas no Brasil, em torno de R$ 3,30, incluindo impostos, informou nesta segunda-feira, 20, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). “Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), é o valor mais alto alcançado desde 2002, ano que foi implantada no Brasil a liberdade tarifária, o que derrubou as tarifas aéreas à metade do preço cobrado até então. Só nos últimos dois anos, o QAV acumula alta de 82%”, afirma a Abear, em nota.
Para o presidente da associação, Eduardo Sanovicz, a disparada do preço do combustível dos aviões é mais “uma ameaça à competitividade do setor”. “A fixação de um teto para o ICMS sobre o combustível dos aviões, imposto que só é cobrado no Brasil, não foi aprovada pelo Senado no ano passado. Além disso, temos uma política de precificação da Petrobras que não é discutida e penaliza não só a aviação, mas diversas outras atividades de extrema importância para o país”, afirma, na nota, Sanovicz.