A primeira pesquisa de preços semanal divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) feita após o reajuste de 4,2% para a gasolina e de 8% para o diesel nas refinarias, anunciado pela Petrobras na última quinta-feira, mostra que os repasses para as bombas foi maior que o esperado em alguns estados.
No Amapá, o litro da gasolina subiu 4,77%, contra uma estimativa de 2,5% da Federação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (Fecombustíveis). O mesmo ocorreu no Rio Grande do Sul, em Roraima e no Acre, onde os reajustes para o consumidor foram de 3,44%, 3,1% e 2,72%, respectivamente.
No Paraná, o levantamento é irreal: mostra que o litro da gasolina caiu de R$ 2,15 para R$ 2,09 – queda de 2,76%. A justificativa pode estar no fato de a ANP ter coletado os dados para pesquisa entre os dias 21 e 27 de novembro, pegando apenas três dias de reajuste, já que os novos preços da Petrobras passaram a vigorar a partir do dia 25. Talvez por conta disso, a média nacional revela que no período houve um reajuste de 23%.
O preço do diesel, por sua vez, se manteve praticamente estável, passando de uma média nacional de R$ 1,554 o litro para R$ 1,555. A alta esperada pela Fecombustíveis é de 6,54%.
O combustível que teve a maior alta no período da pesquisa foi o álcool, que subiu 1,12%, sendo vendido nos postos por R$ 1,440 em média, contra R$ 1,424 da última semana. Já o gás natural veicular (GNV) ficou 0,18% mais caro, passando de R$ 1,079 para R$ 1,081.
Curitiba
Em Curitiba, conforme levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina recuou de R$ 2,13 para R$ 2,07 no mesmo período. Também uma redução irreal, uma vez que o combustível vinha sendo vendido, no início da semana passada, por até R$ 1,97, o que influenciou o resultado da pesquisa. Com o reajuste anunciado pela Petrobras, a alta veio com tudo. Postos que vendiam o litro da gasolina por R$ 1,98 na semana passada reajustaram o preço e vendiam ontem o combustível por R$ 2,29 – aumento de 15,6%. A expectativa é que os preços se acomodem até o final desta semana.