A alta dos preços dos combustíveis, autorizada pelo governo federal no dia 10 de setembro, pressionou os preços administrados e monitorados por contrato. O resultado foi uma elevação de 0,99% na cesta de tarifas públicas em Curitiba no mês passado. Com o resultado de setembro, os preços administrados acumulam no ano alta de 3,25% e, nos 12 meses, aumento de 5,19%. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR), em conjunto com o Sindicato dos Engenheiros no Paraná (Senge-PR).

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A maior pressão veio da gasolina, que subiu 5,29%, passando de R$ 2,22 o preço médio do litro em agosto para R$ 2,34 em setembro. De acordo com o economista Sandro Silva, do Dieese-PR, houve um aumento significativo do preço logo após a autorização do reajuste pela Petrobras. No entanto, vem caindo nas últimas semanas. "Houve um aumento grande no princípio, mas dias depois foi se amortizando, chegando ao patamar em que deve se manter", afirmou o economista. Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina em Curitiba passou de R$ 2,20 para R$ 2,39 com o reajuste autorizado – ou seja, alta de 8,9%. Na semana passada, porém, o preço médio já havia caído para R$ 2,36.

Outro item que pressionou a inflação foi o gás de cozinha (GLP), com alta de 0,92%. Outros combustíveis, como o álcool e o diesel, que não entram na cesta de tarifas públicas, também registraram aumento nos preços em setembro, de 4,32% e 9,73%, respectivamente. O único item que teve queda foi o transporte coletivo (-0,24%), por conta de menor número de dias úteis em setembro. No mês, o custo médio com serviços públicos para uma família curitibana foi de R$ 480,20. Para outubro, conforme a primeira semana, a expectativa é que haja deflação de 0,17%. Entre os itens que devem puxar a queda estão gás de cozinha (-1,93%) e transporte coletivo (-0,66%). Já a gasolina deve registrar aumento de 0,56%, por conta do resíduo do aumento ocorrido em setembro.

No ano (janeiro a setembro), os itens que mais subiram na cesta de tarifas públicas foram pedágio (15,29%), seguido pela energia elétrica (9,99%) e água e esgoto (7,80%). Com queda, aparece transporte coletivo (-8%), seguido por gás de cozinha (-1,52%).

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