A temporada de preço baixo tanto da gasolina como do álcool combustível parece ter chegado ao fim em Curitiba. Desde ontem, postos de diversos bairros reajustaram os preços.
Em alguns estabelecimentos, a alta chegou a quase R$ 0,45, com o litro da gasolina comum passando de R$ 2,15 para R$ 2,59 e o do álcool de R$ 1,15 para R$ 1,59. As revendedoras alegam que a alta se deve ao fim das promoções por parte das distribuidoras.
?A distribuidora retirou o desconto?, afirmou o gerente do Auto Posto São Paulo, bandeira Ipiranga, Roberto de Oliveira. No meio da tarde de ontem, o posto, localizado no bairro Bom Retiro, ainda vendia o litro da gasolina a R$ 2,19 e do álcool a R$ 1,15.
?Amanhã (hoje) deve subir. A gente vai acompanhar a concorrência?, adiantou. Segundo Oliveira, o preço de custo da gasolina comum passou de R$ 2,08 para R$ 2,35. Ontem, o posto era um dos únicos da região com o preço antigo nas bombas.
Outro que deve reajustar os valores hoje é o Auto Posto Colossal, da bandeira Shell, no bairro Seminário. Vendendo o litro da gasolina a R$ 2,15 e o álcool a R$ 1,15, o posto deve fazer nova compra de combustíveis hoje e reajustar para R$ 2,59 e R$ 1,59, respectivamente.
?Temos que repassar o aumento para os consumidores, não tem jeito?, afirmou Élber Alcântara, gerente do posto. Na região, havia ontem gasolina sendo vendida por R$ 2,35 e R$ 2,45. ?Como nosso preço é um dos menores, o movimento aumentou quase 40%.
O que as pessoas procuram mesmo é o menor preço?, comentou. No bairro Mercês, a alta dos preços atingiu a maioria dos postos. Uma das exceções era o Auto Posto Haisi, da bandeira UNI, que estava revendendo a gasolina por R$ 2,18 e o álcool por R$ 1,12. Segundo o posto, os preços devem ser mantidos.
Sindicato
O Sindicato do Comércio Varejista dos Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR) informou, através da assessoria de imprensa, que não entende o movimento como ?aumento de preço?.
?Os preços só voltaram ao normal?, afirmou a assessoria, acrescentando que os valores praticados anteriormente eram considerados irreais, alguns até abaixo do custo. Os preços dos combustíveis vinham caindo em Curitiba há mais de um mês.
