Miguel Jorge

Combate à inflação pode ter mais medidas

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje que o governo não abre mão do controle da inflação e que, se for necessário, outras medidas podem ser implementadas além do aumento da taxa básica de juros (Selic) já realizada pelo Banco Central.

Segundo Miguel Jorge, a elevação da taxa Selic pelo BC (movimento que teve início em abril) não deve provocar a redução de investimentos no País. O ministro lembrou que o Brasil registra atualmente um ciclo de ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos em máquinas e equipamentos) que não era visto há 20 anos e que conta com investimentos volumosos como, por exemplo, US$ 112 bilhões da Petrobras até 2012, US$ 20 bilhões da indústria automotiva e autopeças nos próximos três anos, e US$ 6,6 bilhões pela Suzano Papel e Celulose até 2015.

Miguel Jorge avaliou que o nível de expansão do crédito está aquecido, pois atinge um patamar de crescimento de 30% ao ano e gostaria de ver sua velocidade moderada, mas não quis detalhar qual seria o patamar mais adequado. Na semana passada, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, fez comentário semelhante e disse que seria mais oportuno para o Brasil que o crédito atingisse uma velocidade de expansão de 20% ao ano.