O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, de 4,3%, quase a mesma taxa prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2007, de 4,4%, é insuficiente para pôr o País na lista das maiores economias do mundo, tirá-lo da lanterna do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), em termos de crescimento, deixá-lo em posição de destaque na América Latina, dizem especialistas.
Se o Brasil crescer 4,4% este ano, o PIB deverá somar US$ 1,177 trilhão, segundo cálculos do FMI. Com isso, ficará na 10ª posição entre as maiores economias, na mesma posição do ano passado, à frente da Rússia e da Índia. Mas, segundo o economista-chefe da RC Consultores, Marcel Pereira, essa colocação está ameaçada. ?Com crescimento na faixa de 7% ao ano, o PIB da Rússia poderá ultrapassar o do Brasil em 2008.? Para manter-se à frente da Rússia, o País terá de crescer 5,5% neste ano e no próximo.
Entre as 180 economias listadas pelo FMI de acordo com as taxas de crescimento, o atual ritmo de expansão do PIB coloca o Brasil na 115ª posição, ante a 131ª colocação obtida no ano passado. No conjunto de países da América Latina, também o País elevou a sua classificação em termos de crescimento. Em 2006, ocupou a 17ª posição e, neste ano, subiu para 13ª, num ranking encabeçado pela Argentina, que deve crescer 7,5%.